terça-feira, 20 de setembro de 2011

Imagens chocantes...

Este vídeo foi feito no dia 10 de Julho; alguns dias após o surgimento da doença fatídica...
Como dá para perceber, os tomateiros foram pintados com tinta branca…da robbialac… Serve para colorir os tomates…e atrair muitas abelhas…e não é nada prejudicial à saúde nem ao ambiente…
Eu sou muito magnânimo…

                                               P.S. - Podem bater à vontade pois eu mereço...

domingo, 18 de setembro de 2011

Comentários de visitantes

«Ai que saudades eu tenho de morar no campo. É tão bom ter um quintal com esses miminhos. Deve sentir-se muito feliz por trabalhar a terra. Obrigado por nos mostrar tanta beleza.»


Lá isso de gostar de trabalhar a terra não o nego, agora feliz?...
Tem anos…
Este ano estou “numa” de fado-amargurado…


« reparei que intercala flores nas filas.excelente ideia além de dar um magnifico aspecto à horta»

As flores (cravo da índia e basílico roxo) servem como repelente.
Explicação: O cravo-da-índia é considerado um grande insecticida natural. Ao cultivar junto dos pés dos tomateiros, afasta as pragas de insectos que normalmente atacam os frutos. Pelo menos isto eu posso garantir, pois este ano não houve insectos “colonizadores” (ao contrário de 2010).
O basílico também é repelente, não tanto como o cravo, mas sempre dá outro panorama à horta, e além disso liberta um cheiro cativante…
Outra coisa que reparei este ano, foi que as abelhas adoram o cravo-da-índia (vá lá…ao menos sempre existe algo que só repele os maus…).
Deixo aqui três links interessantes:
- AQUI
- AQUI
- AQUI




«Viva Amigo! Estou a ver que a campanha deste ano foi muito triste, tanto trabalho para tão pouco retorno! Já eu tirando um tomatinho ou outro foi um ano muito bom, pois não consigo dar vazão a tantos tomates maduros ao mesmo tempo, e quem se consola são os vizinhos, e pena tenho eu não morarmos mais perto pois levava com tomates todos os dias! Um abraço Rui Esteves»

Viva Rui,

Pois esta temporada é mesmo para esquecer.
No ano passado fiz as asneiras nas cucurbitáceas, mas os tomates salvaram-se (tirando a falta de sol na segunda fileira). Este ano começou nos tomates e depois passou às cucurbitáceas (mas aqui foi o oídio, juntado a minha ausência da horta…).
O amargurante nisto tudo, é que as flores abortaram TODAS; ou seja, tomates nascidos ainda na fase do desenvolvimento da doença, ainda existe a possibilidade de os comer. Acabando estes tomates, posso arrancar tudo, pois sem flores a produzir não vale a pena “estarem a ocupar sala”.
Olha, já arranquei vários pés, sem tomates e flores.
Rui, agradeço a oferta mas já estou “servido”. Olha, aproveita os “excessos” e faz polpa de tomate multicolor.
Abraço,
António


« Biba!

Que razia!
O ano não é nada bom, mas não me posso queixar muito...
Foi a primeira vez que plantei tomates (16 espécies) e do que frutificou pouco se estragou! Alguns tomates até me surpreenderam pelo tamanho e pelo volume do cacho.
Curiosamente tb pulverizei nutriquisa nos tomates e não obtive efeitos maléficos! Utilizei o produto ao anoitecer apenas porque sobrou dos melões.. (utilizei nos melões porque detectei sinais de falta de molbidenio).
Ainda mais curioso, foi o facto de eu plantar cravo de defunto a intervalar com  cada pé de tomate, e mesmo assim sofrer ataque de um lagarto que entra e come os tomates verdes por dentro tipo broca; tenho mais razões de queixa deste bicho do que do mildeo!
Mas aquilo que mais me desanimou foi o sabor... cultivei na expectativa de sabores exóticos e diferentes, principalmente o oaxacan jewel; mas de todas as espécies que comprei e cultivei, todas me sabem a tomate.. um simples tomate! diferem quase nada! O unico diferente em sabor foi o great white: sabia a limão no inicio, mas depois tb perdeu isso..

Em relação ás doenças, eu encontro duas uma explicações plausiveis: Segundo a agricultura biológica, eliminar as ervas daninhas na totalidade é um erro; aliás, o ideal é misturar as culturas na horta entre si e deixar as ervas absorverem alguns bichos (beneficos e maléficos)...
Nada na natureza nasce por acaso, até uma mosca tem a sua utilidade; basta eliminar algum membro da cadeia, e o ecossistema debilita-se..
Outro facto é a poda; nasceram tomateiros no meu quintal sem nimguem os capar, estacar, ou sulfatar... resultado: tem tomates a crescer (mais pequenos é certo) mas zero de doenças; estão verdinhos e viçosos!

(pode parecer uma ideia um pouco zen, mas observem e pensem nisso)


Saudações

José Silva



Viva!

A razia foi tanta que, em mais tomateiros do que 2010, tenho quase a certeza…que colherei menos tomates. Se chegar até Setembro com tomates, já me dou por contente… No ano passado, comi tomates desde meados de Julho até meados de Outubro (e terminei a temporada com imensos tomates nos tomateiros – verdes, é claro).
Sem flores não há frutos.

«Ainda mais curioso, foi o facto de eu plantar cravo de defunto a intervalar com  cada pé de tomate, e mesmo assim sofrer ataque de um lagarto que entra e come os tomates verdes por dentro tipo broca; tenho mais razões de queixa deste bicho do que do mildeo!»

Estranho… pois o cravo-da-índia tem fama de ser um dos maiores insecticidas naturais.
Eu tenho imagens, que já saquei em 2008, onde se vê os cravos-da-índia junto dos pés dos tomateiros. Só não as publico porque não me lembra do site onde as retirei (para poder deixar um link); e eu como não quero publicar algo que não é meu, sem o tal endereço, não me atrevo.
Sobre as flores “repelentes”, só posso dizer que não tenho queixa!

«Mas aquilo que mais me desanimou foi o sabor... cultivei na expectativa de sabores exóticos e diferentes, principalmente o oaxacan jewel; mas de todas as espécies que comprei e cultivei, todas me sabem a tomate.. um simples tomate! diferem quase nada! O unico diferente em sabor foi o great white: sabia a limão no inicio, mas depois tb perdeu isso..»

Vou-lhe dizer uma novidade…Você redescobriu o Brasil!!!
Ó homem, é claro que sabe a tomate! É um tomate!
Por acaso as uvas morangas são de facto (no “âmago”) morangos?!

(Neste momento estou a necessitar da ajuda de um grande Chefe cozinheiro…)

Prontos, eu confesso: mea maxima culpa!
Parece que eu tenho um dom que vai além da realidade… Sonhos e sabores exóticos…
Sim, eu sei que me “entusiasmei” na descrição de algumas espécies, principalmente o Jóia de Oaxaca. Mas já reparou que há longos meses apaguei o comentário original?!
Eu queria dizer que o J.O. era um tomate com semelhanças de um pêssego (tal como o site o descreve). Para um tomate até têm essas semelhanças – na minha opinião!
Muito sinceramente pergunto-lhe: O jóia de Oaxaca (por exemplo) tem o sabor de um tomate normal?????
Porra!!! Se você disser que sim, então eu tenho o paladar encravado (para não dizer outra palavra)....
Eu podia-lhe dar aqui imensos casos semelhantes, seja em tomates como noutros hortícolas – mas já vi que não vale a pena…

Peço perdão a todos os visitantes da horta a quem induzi em erro! Sinceramente.
Em especial às pessoas a quem ofereci sementes em 2010: Rui Esteves, Alexandre, Maria Tita e António Soares.

Não volto a descrever o sabor de mais nenhum tomate.
Ainda bem que as sementes foram oferecidas, caso contrário ainda recebia alguma intimação…
Ah, e aos que já prometi sementes este ano, ainda vão a tempo de desistir das minhas sementes… pois os sabores são simplesmente vulgares…
A todos os visitantes da horta, um aviso: não adquiram sementes destas espécies antigas (por mim apelidadas de exóticas), pois será uma perda de tempo, dinheiro e uma enorme desilusão gustativa…

Ainda bem que brevemente abandono o blog…


«Em relação ás doenças, eu encontro duas uma explicações plausiveis: Segundo a agricultura biológica, eliminar as ervas dainhas na totalidade é um erro; aliás, o ideal é misturar as culturas na horta entre si e deixar as ervas absorverem alguns bichos (beneficos e maléficos)...
Nada na natureza nasce por acaso, até uma mosca tem a sua utilidade; basta eliminar algum membro da cadeia, e o ecossistema debilita-se..»

Pois…eu gostava era que a agricultura biológica me dissesse, o que fazer com a “pratada” de larvas que retirei da horta?... E não foram só aquelas, cada vez que arrancava uma beldroega, junta da raiz havia sempre uma a duas lagartas.
Porquê nos outros anos não encontrei esta praga?!
Outra coisa: por detrás das meloas, deixei crescer TODA a espécie de erva daninha. Resultado: quando choveu, os ramos rasteiros das meloas, no meio das molhadas ervas daninhas, fizeram com que fosse o rastilho para o oídio. E foi, como você diz, “uma razia”!




«Outro facto é a poda; nasceram tomateiros no meu quintal sem nimguem os capar, estacar, ou sulfatar... resultado: tem tomates a crescer (mais pequenos é certo) mas zero de doenças; estão verdinhos e viçosos!»

Já li sobre isso.
É um bom tema para aprofundar – mas não agora…

Saudações

José Silva

« A coisa vai mesmo má por esses lados...Eu de tomateiros percebo pouco mas a grande maioria deles parecem ter necrose apical, não? Pelo que andei a ler isso deve-se a um regime de regas erratico em que a terra seca muito entre regas...
Eu desisti da rega gota a gota pq não conseguia uma rega decente na horta, mas lá está, os climas em q cultivamos são um bocado diferentes...Não sei...é só uma ideia...Abraço»


Viva Alexandre!

Pois agora com essa “dica” (rega) fiquei aqui mais confuso…
Por acaso, foi por essa altura (quando coloquei o sistema gota-a-gota) que a doença apareceu?...
No ano passado e em 2009 não tive tomates doentes. É verdade que foram dois verãos quentes, e também é verdade que os tomates estavam debaixo “da espécie de estufa”, mas também não utilizei rega gota-a-gota, nem o fertilizante foliar.
E agora?...
Sobre a necrose apical: pois também fui pesquisar mais sobre o assunto, e o que eu chamo de míldio, segundo li, é de facto a necrose apical.
A necrose apical não é uma doença (fungicida), é na verdade uma carência de cálcio, que aparece normalmente com as tais regas irregulares. É claro que o solo é o principal “problema”, pois se fosse um solo com PH “dito” normal, teria evitado esta maleita… 
Mesmo fazendo o possível da rotação das culturas, não consigo fugir ao inevitável… É uma horta com pouco espaço de manobra, pois existem várias árvores frutíferas (bastava a figueira e o limoeiro desaparecerem que já me dava uma boa margem de manobra. Mas está fora de questão derrubar qualquer árvore, pois são seres com vida, e quem sou eu para a extinguir?...). Se deixar a horta “descansar” uma ou duas temporadas…fico sem comer tomates e melões caseiros, durante dois anos…

(Pois se houver algum engenheiro agrónomo, a ler este comentário, e quiser dar uma ajuda…nem que seja por mail…Gostava de saber o que posso fazer ao solo, visto que a horta não tem grande espaço de rotação, e eu não quero estar afastado vários anos, sem cultivar nada??? Qual a probabilidade de ter em 2012, as mesmas doenças que houve na horta este ano??? Quero cultivar tomates e melões/meloas. – Aceito opiniões/concelhos de além fronteiras.)


Parece que o leite ajuda a evitar a necrose apical. Um litro de leite gordo, ou meio gordo, para 12 litros de água. A mistura deve ser regada na seguinte medida: um litro para cada tomateiro (pé).
O leite é indicado porque tem cálcio, este é o lado bom; mas o leite também pode trazer problemas (tema a desenvolver noutra altura…se alguém quiser saber…).
Não tive “todas” as doenças de tomateiros que menciono no final do post, mas tive várias.
Para além de ter tido as folhas dos tomateiros murchas (verticillium), também tiveram bastantes folhas/rama com o sintoma de míldio (por isso já faz 3 doenças…).
Enfim, foi como se um copo transbordasse com 3 gotas de água…todas elas contribuíram para encher o copo.
Sobre o regime de rega irregular, concordo! Mas também saliento que, só se tornou errático após o aparecimento da doença.
Saudações,
António


« Boas.... para mim tb foi uma razia, pois para alem do maldito, malfadado, horrivel e outros tantos adjectivos que poderia arranjar par ao Mildio, tb estive sempre a "lutar" contra o piolho.... uma amiga minha falou-me precisamente dos cravos defuntos, mas acrescentou-me outra hipótese que diz (e ela geralmente sabe do que fala...) que é uma planta de absinto que já no entra nada desses pequenos predadores.... segundo ela se uma dessas palntinhas estiver no meio da horta (complementado ou nao com os cravos defuntos) ja nada dessas "coisas" entra... ja alguém experimentou? Que me dizem?»

Viva!
Bem, eu estou contente com o cravo-da-índia, por isso já não encontro necessidade do absinto.
Sendo totalmente rigoroso, então é assim: cultivei 48 pés de tomate, e em quarenta e sete pés, não encontrei uma só lagarta ou piolho. Excepção feita ao Andino Cornue Amarelo (laranja), onde encontrei duas lagartas no primeiro cacho de tomates nascido.
Piolho, lagartas e outros insectos indesejáveis, este ano por aqui não “pousaram”!
Culpa do tempo ou dos repelentes naturais (Cravo e Basílico)?!
Eu acredito seriamente que os repelentes são, de facto, eficazes!

Olá António!
Vi o seu comentário em relação ao solo e à necrose dos tomateiros. O que eu sei é que no caso do solo ser muito ácido e ter uma carência de cálcio deve-se aplicar cal e/ou cinzas quando se prepara a terra para plantar. Outra grande fonte de cálcio é a casca de ovo,reduzem-se as casas a pó e aplica-se nos pés das plantas em pequenas.
Espero ter ajudado.

Os melhores cumprimentos
Anabela