quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Minho: Monumentos e Paisagens

Provavelmente se questionará o que é que estas imagens têm haver com horticultura?...
Resposta: Simplesmente nada!
Apenas decidi “inaugurar” a passagem para este blog (sim, porque a Horta d´Avó terminou mesmo) com imagens do sagrado, a ver se abençoam esta horta…para que as próximas colheitas sejam auspiciosas em generosidade e saúde.
Além disso o ambiente já estava pesado no outro blog…


E porque não imagens da minha região?!
Mostro a beleza dos nossos monumentos e paisagens, e quiçá…até possa ser um “clic” para quem nunca visitou (estrangeiro e nacional), aproveite as sugestões, e venha em visita de turismo conhecer Portugal e o Minho.
O país precisa, e agradece!... 
Link ---»»   Viana do Castelo: Santuário/Basílica de Santa Luzia

A não perder as Festas ou Romaria de Nossa Senhora d`Agonia, que se realiza todos os anos no dia 20 de Agosto!
                                       
«O Santuário de Santa Luzia, também referido como Santuário do Monte de Santa Luzia, Basílica de Santa Luzia, Templo de Santa Luzia e Templo do Sagrado Coração de Jesus, localiza-se no alto do monte de Santa Luzia, na freguesia de Santa Maria Maior, na cidade, concelho e distrito de Viana do Castelo, em Portugal. Um dos "ex libris"" da cidade, do seu sítio descortina-se uma vista ímpar da região, que concilia o mar, o rio Lima com o seu vale, e todo o complexo montanhoso envolvente, panorama considerado um dos melhores do mundo segundo a National Geographic.««---link
(carregar no link anterior - national geographic)
«A Basílica no alto do monte de Santa Luzia foi principiada em 1903, por iniciativa do padre António Martins Carneiro, com projecto do arquitecto Miguel Ventura Terra.
A última etapa da sua construção, sob a direcção do arquitecto Miguel Nogueira Júnior a partir de 1925, é considerada como inspirada na Basílica de Sacré Cœur, em Paris. Os trabalhos de cantaria em granito são de responsabilidade do mestre canteiro, Emídio Pereira Lima.
Aberto ao culto em 1926, os trabalhos estenderam-se até 1943.
Desde 1923 o santuário é servido pelo Elevador de Santa Luzia.
O santuário compreende ainda o "Núcleo Museológico do Templo/Monumento de Santa Luzia", constituído por uma sala na parte inferior da basílica. O acervo é constituído por talha, imagens, azulejos, e outros.» 

                    Link ---»»                   Interior da Basílica

Panorama do Santuário do Bom Jesus de Braga.
Magnifico lugar para visitar!
O Sagrado está muito presente neste lugar. 

Vista da Basílica
Tenho muitas imagens tiradas neste Santuário, e principalmente das estações do calvário (imagens “quase” reais), mas decidi não anexar nenhuma… 

Santuário do Sameiro, também em Braga.
Fica sensivelmente perto do Bom Jesus – menos de 5Km (não me lembra exactamente quanto).

Caminho de peregrinação a São João d`Arga (em honra de São João Baptista).
28 e 29 de Agosto.

São 7 serras de caminhada.
É um terreno muito agreste e selvagem. E com formas bizarras…da natureza.
Ao longo do caminho vê-se algumas “brincadeiras” dos elementos…como a que se vê no lado esquerdo da imagem, e em baixo.
Como é que aqueles pedregulhos de granito foram ali parar…uns em cima dos outros???
E pelo caminho vi pelo menos mais duas situações iguais.
Os gigantes do Génesis (A.T.) andaram por aqui…
Normalmente…começa-se o percurso em São Lourenço da Montaria, que fica a 8km (?), pelo meio das serras de São João d`Arga.
Digo normalmente porque há quem comece em São Lourenço, e assim só faz os 8Km (ou 16 ida e volta como eu fiz), pois há imensos peregrinos que o fazem desde a porta da sua casa, que tanto pode ser a 10, 20 ou 30Km de distância.
Eu se fosse a pé de casa, e só ida até São Lourenço, eram trinta e muitos quilómetros.
Esta imagem foi tirada a meio da subida, onde se vê lá em baixo a civilização mais próxima.
Isto é mesmo no meio das serras; afastado da civilização. Não anda por aqui gente durante o ano (talvez um ou outro pastor?...).
Vivem aqui no alto da serra cavalos semi-selvagens.
Não se consegue contar todos pois a maioria está escondida naquele encaixe do rochedo, mas esta manada tem 10 a 12 cavalos.
Não os consegui contar correctamente mas na imagem seguinte já vão perceber porquê…
Há hora que eu passei estava imenso calor, e eles refugiaram-se na sombra.
Eu acho que não deve faltar muito para serem selvagens…pois os bichos vivem aqui o ano todo à sua sorte. Além disso não se deixam aproximar, pois eu tentei…e foi ver uma dezena de cavalos a correr entre rochas graníticas e mato, para longe de mim, como se tivessem visto algum leão… e eu a correr a ver se alcançava uma pedra alta…pois julgava que ia ser atropelado por um comboio… Foi uma etapa do percurso onde no calor do momento me esqueci da fé…
No ano passado fiz a peregrinação de noite, entre a 01:00h e as 03:00h na ida, e entre as 04:30 e a 06:30h na volta, e a manada de cavalos esteve sempre à beira do caminho, mas em sítio diferente da ida para a volta.
No trilho do caminho, estas são as únicas árvores que se encontram à beira da passagem. Também não é de estranhar, pois num terreno tão granítico, deve ser muito difícil as raízes se desenvolverem…
Estas são mais afastadas, e além disso, a imagem foi retirada com zoom.
A casa lá no alto está em ruínas.
Bem, a não ser já na parte final e a descer, talvez a 2km de São João d`Arga é que se vê mais florestação.
Lado lateral da velhinha igreja de São João d`Arga.
Os últimos peregrinos davam as “obrigatórias” 3 voltas ao templo.
Por esta hora, já 99% da festa e festejantes tinham sido retirados e debandaram, respectivamente.  
Este ano era para não ir…e depois à última hora lá me deu a vontade, e fui na parte da tarde do dia 29.
Ora, a festa começa no dia 28 à tarde, e termina no 29 ao meio-dia; por isso já dá para perceber o porquê de tão pouca gente!
Traseiras da capela.
Para lá destas serras fica Caminha.
Vista do alto de Arga, lá em baixo…o templo.
A mesma imagem mas com zoom.
É um lugar pequeno mas nos dias 28 e 29 de Agosto são centenas de visitantes.
Imagem frontal da igreja, retirada num sábado normal de Agosto (pois durante o ano, a capela só abre aos domingos).
Guimarães.
Imagem frontal de Nossa Senhora da Penha.
O templo não é muito grande, mas a paisagem é admirável.
Agora, toda a envolvência do templo, é de uma beleza mística.
Isto visto assim parece que só tem o templo e mais nada…Mas não é nada assim, pois existe entre os penedos mais Santuários, e além disso há muito comércio na área.
Sinceramente, foi a primeira vez que visitei a Senhora da Penha e adorei!
Um lugar para voltar…



A - SOAJO

B - LINDOSO

C - SENHORA DA PENEDA








 





















quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Histórias, e imagens sobre meloas

Algumas pequenas histórias sobre o melão/meloa:

* Segundo crenças muçulmanas, o melão cresce no paraíso, onde é o fruto favorito de Allãh (Deus). Além disso representa a fertilidade, pois é portador de imensas sementes.
* No Japão, o melão é considerado como uma bela oferenda – um presente principesco.
* Na Grécia antiga, falavam do melão como “uma maça assada ao sol”.
* O escritor Alexandre Dumas, era um enorme apaixonado deste fruto. No ano de 1864, a biblioteca de Cavaillon perguntou-lhe se ele estaria disposto a doar alguns dos seus livros, para aumentar a sua colecção. O escritor respondeu afirmativamente, mas com a condição de a cidade lhe pagar uma anuidade de doze (12) melões.
O Município aceitou o repto. Alexandre Dumas doou a sua obra (quase 400 volumes) em troca de 12 melões por ano, que recebeu até à sua morte em 1870!
* Um botânico e médico do rei Henrique III adjectiva: “o melão pode causar cólera morbus” (Mas que diarreia mental este gajo tinha…).
* O Papa Paulo II (1417 / 1471) morreu de apoplexia (AVC), depois de enfardar…dois grandes melões inteiros ao jantar.***
* No século X, um monge suíço afirma que o melão mantém “ a frescura nas vísceras”.
* Na idade da Renascença, uma variedade muito conhecida de melão nos nossos dias, que foi trazida pelos monges arménios, é assim apelidada porque era muito cultivada em Cantalupo, estância de verão dos Papas a poucos quilómetros de Roma.
* Voltaire, o grande escritor e filósofo iluminista francês, “coroou” o melão como o seguinte elogio: “a suprema obra-prima do verão”.

(***)
Oficialmente é esta a versão da sua morte, no entanto, uma lenda…afirma que o papa morreu depois de um acto sexual com um “giton” (= jovem graciosos e imaturo… ou na linguagem corrente…um homossexual ).
Este acontecimento faz com que Dominique Panaroli, médico italiano do século XVII, o “compare” a um «humor podre».

http://fr.wikipedia.org/wiki/Paul_II#cite_note-1  (ver a 2ª nota de referência)



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Em primeiro plano encontra-se os melões (ou o cheiro e a imaginação a iludir…).
Está mesmo muito atrasado…pois se comer melões, por mim cultivados…este ano deve ser só lá para Setembro…
Aceito de bom grado só comer em Setembro…




Já o disse num anterior artigo que nesta fileira cultivo 4 espécies – três americanos e um francês -, pois bem, o francês (Prescott Hatif) está a dar “bailinho e fado” aos americanos…
Um desses americanos (Healy`s Pride), ainda por cima o melão que mais gostei no ano passado, ainda nem sequer nasceu um fruto…em dois pés…
Enfim, quem ri por último ri melhor…

 

Nesta fileira da rede estão as meloas.
Este sistema de trepar serve para “poupar terreno”, evitar certas doenças que apanham no solo, e por fim…apanharem “banhos” de fotossíntese.




Visão geral das cucurbitaceas: melões, meloas, melancias e pepino.



C`est mon cher Petit Gris de Rennes.



Novidade deste ano: Charentais.



????????????
Fui ao “baú das antiguidades”… buscar um restinho de sementes (8 a 10) da meloa Doce de Tours, que havia adquirido em 2007/08 (?), no site Jardicentro.
Semeei todas as sementes que havia, e só consegui que germinasse um pezinho.
Até ao momento tudo vai bem…
Uma coisa eu garanto: estas meloas não são Doce de Tours!!!
Tem mais semelhanças com a meloa Lunéville – o que não quer dizer que o seja…

As suspeitas confirmam-se… Existe um espírito traquina/hilariante nas sementeiras… pois já não é a primeira vez que eu semeio X, e eu garantia que o que semeei era mesmo X, e no final nasce Y…
Neste momento deve-me andar a rondar, o “dito-cujo”… de “papo cheio” de tanto rir com as “subtilezas” hortícolas…
Ah,  seu “marvado”…!



Meloas portuguesas.
Geralmente apelidadas de “Fiesta”…PQP quem lhes deu o nome!!! Provavelmente algum Conde Andeiro…
Eu rebaptizei-as por Meloa Tradicional Provinciana! Um nome mais aportuguesado, sem “coneirices” (Perdão!... Santinha!...) nem chiquices…
A Sociedade dos Coneirões e Chiquérrimos que me façam um processo – eu estou-me completamente marimbando!






Já pesa alguns quilos…



Como as sementes da Orangeglo não germinaram na devida altura, e germinaram estas – Blacktail Mountain -, pois então há que “gramar” com estas alentejanices…
Agora levo com um processo de todos os alentejanos…
Eu só queria dizer que “isto” nunca mais sai do sítio… Provavelmente vou ter de inserir uma palhinha no “umbigo”, e soprar…




Este é o pé de melão que eu disse que só apanhava “banhos de sombra”…
Foi o que se arranjou…
É um Lunèville.




Satsuki Madori.
Vou comer pepinos que até enjoa…tal é a quantidade…




Isto está previsto ser um Potimarron, mas… o espírito traquina anda por aí…




Só para assinalar que, à data da publicação deste artigo, todas estas ervas daninhas que se vem no meloal já foram “à vida”…
E foram arrancadas à mão!



Pommée da Rússia.
Neste momento já se come alface “emigrada” aqui nestas bandas…




P.S. - Como já o disse no início do artigo, o próximo post vai ser sobre os tomateiros, e vai-se chamar "Rosas e Espinhos"...
É para ficarem com uma ideia de como está a decorrer a temporada...
publicado por António às 16:30


Fico contente que esteja de volta! Quando puder fale mais do cultivo dos pepinos... As variedades que cultiva foi por troca de sementes, ou foram compradas? Se foram compradas, onde, se puder divulgar? Estou curiosa com o tão elogiado Satsuki Madori... Marisa