quinta-feira, 27 de maio de 2010

Tudo na Horta

Finalmente, aleluia, sexta-feira passada terminei os transplantes para a horta.
Vai levar mais algumas coisas (beterraba, nabo e potimarron), mas como só foram semeadas recentemente, só “conhecerão a horta” daqui por 2 a 3 semanas.

Em primeiro plano está uma “rede”, por onde crescerão 5 pés de pepinos da Índia (o nome só no final…). É uma espécie trepadora, não podem crescer no chão.
De seguida vê-se o túnel/estufa dos melões, com 16 pés. Estão desviados entre si 52cm; devia ser no mínimo o dobro…
Ao fundo está a estufa dos tomates.
Dos 16 pés de melões, estão repartidos por 8 espécies: um persa, um alemão, dois franceses, 3 americanos e um ucraniano. Não era para ser assim mas, algumas espécies não germinaram com “generosidade”: Prescott Found Blanc, Banana e Eel River Crane (só tenho um pé de cada uma destas espécies). Por outro lado, tenho um francês (4 pés), um americano (3 pés) e um alemão (2 pés) com um vigor que dá gosto de ver!
Ali ao fundo é outra “rede” trepadora (são 3 no total”) que leva mais 3 pés de um pepino trepador (este é da China), e 4 meloas (duas fiz enxerto).
Aquele sítio é o mais solarengo da horta; é Sol até ao final do dia.
A figueira foi muito mal podada por mim, em Novembro, e como já não vai a tempo de se comer figos este ano (Agosto), não vou deixar crescer os ramos nem as folhas. Fica para o ano…

Notas:
Já capei os melões que tinha a capar. A ver se ainda durante esta semana faço um post com as imagens!
Também fiz dois enxertos em duas meloas (e foi o José S. que me lembrou…); era para fazer em muitas mais, e até em melões, mas esqueci-me completamente de semear os porta enxerto. Estas duas foram feitas no Potimarron…era o que havia à mão…
Para já estão-se a portar muito bem. Já cortei hoje as ponteiras do potimarron, e daqui a 5 dias corto os pés das meloas!

Já inseri os links no final do último post (protecção de sementes), para quem estiver interessado…

Repararam que o vídeo, do segundo post sobre o silêncio das abelhas foi retirado do you tube?!? Anda muita gente incomodada…
publicado por António às 19:33


atenção agricultores(melões,pepinos e afins polinizam-se e,nunca se sabe o que vai sair a seguir)

Está muito bem a horta.
Também gostei da história das sementes puras e ibridas e percebi porque é que a minha mãe todos os anos comprava semente nova de batata,  guardava o produto desta para o ano seguinte voltar a semear e aí sim era para o consumo. Ao segundo ano já semeva poucas dizia " já não dá batatas como no ano passado"
Estou coriosa se, por ex: com as favas  se passará a mesma coisa. As sementes do ano passado que semeei este ano produziram muito bem agora vou ver como vai ser com as deste ano.
até sempre
Eugenia


Olá Eugénia,
Não sei se reparou no post que eu fiz logo de seguida a esse que você fala, aquele que têm um título "incompreensível"... Lá eu digo que "fiz mal as contas", ou seja, que quando uma semente pura passa a híbrida, o F1 não vêm logo de seguida, esse F1 só acontece mais tarde, quando não sei (?); é assunto para pesquisar no Inverno.
Sobre as favas:  pois serão híbridáveis com outras espécies de favas, se as houver nas redondezas da sua horta!
Mas há espécies que são menos híbridáveis do que outras. Por exemplo, os tomates são pouco...e as cucurbitáceas são-no enormemente. Já as favas não sei qual a "percentagem" de risco de hibridação?...
Cumprimentos,
António

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Proteção de Sementes

O objectivo de proteger sementes, tem como finalidade poupar despesas na sua aquisição no ano seguinte, bem como a certeza de ter os frutos/hortícolas que se deseja!!!
Se um horticultor, agricultor e jardineiro pensa, que terá sementes puras, só porque cultivou na sua horta uma espécie de cada hortícola – está redondamente enganado!!! É preciso contar com os seus vizinhos. Vamos lá trocar isto por “miúdos”… Um horticultor plantou na sua horta 5 pés de melões X, 6 pés de pepinos X, 2 pés de cabaças X, 4 pés de melancias X, etc., e julgando que pode “descansar à sombra da bananeira”, porque plantou uma espécie de cada hortícola, e que não são hibridáveis entre si, é melhor pensar outra vez… porque o mais certo é a “fava” lhe sair… O porquê é simples: as abelhas não são “exclusividade” de um quintal; elas têm um certo raio de acção na procura do seu alimento, e por isso, pode haver um horticultor a 800m (etc) do primeiro, que plantou outra espécie de melão (Y), e uma abelha, depois de ter poisado numa flor macho, do diferente melão deste segundo horticultor, muda de horta…e vai poisar numa flor fêmea do melão do primeiro horticultor… E que por acaso, dará fruto e será exactamente desse fruto que ele recolherá as sementes… A solução, é a protecção!
Bom, aconselham os conhecedores, que é preciso um mínimo de 1000m (sem garantias totais), entre as culturas – mas garantias são dadas se esse espaço passar a 2000m entre culturas da mesma espécie! Ou seja, lá no meio da Serra… o Asdrúbal plantou melões Branco do Ribatejo, e o seu vizinho mais próximo, o Ambrósio, que habita a 2Km, cultivou o melão Pele de Sapo. Pois estes pachorrentos vizinhos… podem dormir à sombra do chaparro, que as sementes dos seus melões serão garantidamente puras – olé… Parece coisa pouca e fácil...mas não é.
Quando se trata de “manear” sementes correntes do dia-a-dia, a frase anterior até terá sentido, mas se o caso for de obtenção e preservação de sementes raras e exóticas, então faz todo o sentido pôr em pratica a sua protecção e pureza!
Este sistema que aqui apresento (garrafas plásticas) foi pensado e elaborado por mim. Não estou com isto a implorar louros, graças e vaidades! Poderá haver alguém (?), em algum lugar (?), que já tenha elaborado este sistema; nunca encontrei na net imagens que documentem esse facto!
Existe outras formas de protecção, que são as que eu aprendi logo de inicio (deixarei aqui os links), e que são as utilizadas até à data. Mas eu acabei de compreender, que esse sistema (o da fita adesiva), é bom no caso de abóboras e cabaças, mas débil nos melões, meloas, melancias e pepinos. O porquê é simples : as flores das duas primeiras são grandes e fáceis de manear, já as outras cucurbitaceas são de flor pequena, e portanto, mais complicado o seu manuseamento. Assim sendo, coloquei os neurónios a trabalhar, com o intuito de descobrir forma de proteger os melões (etc) com mais eficácia. A “maçã” só me caiu na cabeça já no final da temporada (2009), por isso, deu tempo para ver que daria resultado, mas já não houve tempo de obter sementes com este sistema. Este ano é “a prova dos nove”. Mas eu coloco a minha mão no fogo como este sistema é eficaz !!!
Quero reforçar a última frase com a seguinte nota : eu participo num site de troca de sementes puras (o site é estrangeiro, mas não o irei anunciar a quem quer que seja), e apresentei já no ano passado este sistema ao site ; pois foi bem aceite pelo criador do site, e até hoje, nenhum dos participantes objectou qualquer dúvida ao sistema !
Muito importante este paragrafo: A polinização manual é um acto sexual, quer nós queiramos quer não, e portanto, ao esfregar uma flor macho numa fêmea é um acto anormal para o homem. É um trabalho que o Criador entregou aos insectos, com o maior fardo para as abelhas. Por isso, o homem, em certo sentido, está a fazer a obra de DEUS (neste caso refiro-me à criação de espécies), e a roubar o “emprego” às abelhas, por isso é muito aconselhável disponibilizar flores melíferas às abelhinhas, já que vão ser “expropriadas” de um trabalho, e principalmente, de uma refeição muito apetitosa para elas. E isso mesmo: as flores das cucurbitaceas são um petisco para as abelhas ! Mais: caso algum “forasteiro” ao ver este post, com informações de acto sexual e mais meias de vidro na “ementa”...aviso que este sítio é um blog sério e de respeito, com algumas “maluquices” do seu autor, mas não é um espaço pornográfico. Aceitam-se brincadeiras com o “ latim”, mas já não serão aceites as brejeirices! Para bom entendedor...

Vamos lá então proteger sementes de cucurbitaceas !!!
Quatro objectos são necessários para a protecção:

* Uma garrafa de plástico vazia (pode ser de 2L, mas eu vou utilizar as de 5L).
* Um fio de pano (eu prefiro esta matéria, para não cortar o tronco onde será amarrado).
* Um X-Acto.
* Uma meia de vidro (collant), ou um tecido TNT (tecido não tecido).
De seguida corta-se os topos da garrafa com o X-Acto (cortei pelo fundo da garrafa, desviado 1cm das bordas, deixando desta forma a garrafa arredondada, evitando assim ocasiões de romper a meia de vidro. Em cima, cortei aí a uns 2 cm da curvatura).
O porquê de cortar os topos é simples : a intenção é deixar o ar circular, evitando assim que o calor fermente o pólen e a planta no seu interior.
Depois de ter os topos cortados, cubro a garrafa com a meia de vidro. Sempre com cuidado para não romper ! Isto é como um preservativo: rompendo, “a cegonha” trás novidades...


 Esta imagem mostra o momento em que pego na ponteira de uma rama com flores. A imagem mostra uma melancia, já com as flores abertas, mas como já expliquei, na altura que me lembrei deste sistema, já não havia mais nada disponível. Portanto, agora imaginem, isto que aqui vêem é uma ponteira de um ramo com flores fêmeas, E FECHADAS (assim abertas já não vale a pena a protecção. O sistema tem de ser colocado antes de as flores abrirem).
O mesmo processo agora tem de ser feito com as flores macho, e também com as flores FECHADAS ! Por isso tratem de arranjar várias garrafas ou garrafões, e meias de vidro que cheguem, pois é preciso prevenir...
Por fim, ata-se o fio de pano em volta do tronco e da meia de vidro. Bem atado mas sem mutilar o tronco!
Notas importantes:
Eu aconselho a seguinte polinização : plantar no mínimo 2 pés da mesma espécie. Exemplo – planto 2 pés do melão Casca de Carvalho, um chama-se o A e o outro o B. Agora arranjo 4 garrafões com as meias de vidro, e coloco um garrafão numa ponteira de flores fêmea no melão A e no melão B. O mesmo processo se aplica para o A e B no que se refere às flores macho. Quando for polinizar, retiro uma flor macho do Melão A e vou polinizar a flor fêmea do melão B. A flor macho do melão B será para polinizar a fêmea do melão A !
Simples...
Os garrafões ou garrafas, são para ser colocados quando as flores estão fechadas (logo que nascem), e a polinização é feita quando a flor aparece aberta ; isto é um espaço muito curto de dias. A polinização deve ser feita de manhã, entre as 7 e as 11h, depois com o calor fermentará.
É aconselhável utilizar um mínimo de duas flores machos para cada fêmea, garantido assim uma polinização eficaz. Depois de retirar as pétalas de flor macho, fraccionar na flor fêmea (sem retirar as pétalas) com muita delicadeza.
Depois de polinizada a flor fêmea, voltar a colocar o fio de pano em volta da meia de vidro e do tronco, ficando aí até o fruto se começar a desenvolver (pode ser de uma semana a três semanas...), e depois retira-se definitivamente. O garrafão que estava nas flores macho, depois da polinização já não volta mais. Marcar com delicadeza o fruto que foi protegido e polinizado, por exemplo com um fio de lã um pouco abaixo do fruto, ou com adesivo colorido ; assim o horticultor não esquece que é daquele fruto que deve retirar as sementes para as próximas sementeiras !
Quando se está a fazer a polinização manual, deve-se ter as mãos bem lavadas, e voltar a lavar sempre que se polinizou uma fêmea. Por exemplo : a fêmea do melão A, já foi polinizada com duas ou três flores machos do melão B, agora vou polinizar a flor fêmea do melão B com as flores macho do melão A, mas com toda a certeza, as minhas mãos terão pólen das flores machos da primeira polinização, por isso é aconselhável lavar de novo as mãos.
Muita atenção durante este processo todo, pode uma abelha poisar, tanto numa flor macho como numa flor fêmea, e assim o processo fica sem efeito. O aconselhável é, por exemplo, retirar 2 flores macho do melão A, com cuidado poisar dentro de uma pequena caixa (etc), avançar para a garrafa do melão B, e tentar polinizar a flor fêmea sem retirar a garrafa nem a meia de vidro, sempre com muita atenção para que nenhum insecto (e não é só abelhas), entre e “borre a pintura”!

Tomates
Quanto à protecção dos tomates, aqui a história já é outra…
As flores dos tomates são diferentes dos melões, ou seja, as flores nos tomateiros são hermafroditas – portam os dois sexos dentro da mesma flor. Já não há necessidade de colher uma flor masculina para esfregar na fêmea.
Os insectos são um dos possíveis polinizadores (verdade seja dita que, as abelhas não são muito vistas por “estas bandas”…), mas julgo que não ando longe da verdade, ao dizer que o principal polinizador nos tomates é o vento!
Vamos lá então proteger e polinizar os tomates!
Esta imagem que aqui se vê, foi gentilmente cedida pelo Joba, do Lugar Nunca Pensei.
Eu acrescentei-lhe os rascunhos e as letras.
O C representa o primeiro cacho de tomates que este tomateiro produziu. Já possui todas as flores abertas.
A figura A e B representam o mesmo cacho; o segundo que nasceu no tomateiro. Ora, a protecção de sementes nos tomateiros, deve ser feita sempre (?) neste segundo cacho, mas também pode ser feito no terceiro e quarto, o primeiro é que nunca! O problema é que adiando para o terceiro ou quarto, depois pode ser tarde ao recolher as sementes para secá-las, e às vezes até para amadurecer o fruto, já que só se deve colher sementes de um fruto maduro e saudável! O porquê de não proteger o primeiro cacho, deve-se ao facto de “este primogénito” ser portador de uma ou duas flores “bastardas” (a folha seria de batata).
Voltando ao essencial…
O cacho de cima contêm 5 flores, 4 fechadas no B e uma aberta no A. Ora, a protecção deve ser feita no B, quando as flores ainda se encontram fechadas. Isto é muito fácil de fazer (proteger) quando se trata de cachos de tomates cereja, já que os cachos são mais longos e férteis, agora num tomateiro normal, é um bocadinho complicado…
A solução aqui era enrolar um pequeno fio de marcação à flor A, proteger todo o cacho com uma meia de vidro, ou tecido não tecido (tnt), e depois de nascerem todos (?) na protecção, o fio da flor A indica que aquele tomate não será para colher sementes!
Isto como não tem nada haver com polinização manual, explicado no melões, trata-se simplesmente de proteger, portanto, o tomateiro depois precisa de uma ajuda diária do homem, ou seja – “abanar o pessegueiro”…
A explicação: A flor do tomateiro é hermafrodita, e a polinização não é manualmente, e depois de protegida com os collants, os pequeninos insectos já não podem ajudar, e o vento encontra “obstáculo” na protecção, resta ao homem sacudir ligeiramente as flores, com os dedos, e todos os dias (até se descortinar um tomate do tamanho de uma ervilha). Basta…duas vezes por dia, aí uns 20 segundinhos… O “todos os dias” é só para ter uma certeza…
Este abanar faz o pólen masculino cair no ovário da flor.
Esta imagem é do ano passado. Vê-se um bom cacho protegido com uma meia de vidro.
Julgo tratar-se do Pêche Blanche?...
Notas:
Eu ainda não capei os melões, e muito menos fiz as protecções para as sementes, por isso, imagens desses factos só quando tal acontecer!

Espero que tenham entendido as minhas explicações, já que foi com esse intuito que eu criei o blog, para ajudar os horticultores nas “manhas” que a horta exige. Eu também quando precisei, procurei na net (em português), e não havia nada de nada… Tive depois de me socorrer além fronteiras, na língua francesa, e foi lá que encontrei tudo o que hoje sei…
Digam de vossa justiça – omissões / inexactidões / erros / incompreensões / questões…

No ano passado por esta altura, o PC estava de férias (entre Março até ao final de Junho)…e verdade seja dita, estou com vontade de voltar a “fugir” da net por uns bons tempos… (vou ver se aguento até ao final de Agosto ou Setembro…)

Os links:

http://cucurbitophile.fr/multiplic.php /   Tentar aqui a ver se dá?...

Segundo

Terceiro

"binte e seis"

A seguir ao trinta e sete...

Não me lembro em quantos ia...

Por favor, se não conseguirem ver algum link, indiquem numa mensagem qual! Agradecido.

P.S. - Não se "assustem" por não verem aqui (nos links) imagens com as meias de vidro; eu não encontrei essas imagens mas a pessoa que me ensinou assim, faz parte de um desses fóruns, do qual eu já fui participante!
publicado por António às 13:02
1 comentário:

E pronto.... quem fala assim...dá gosto de ouvir, neste caso de ler.
Parabens. E se for caso disso boas férias na net e bom trabalho na horta.
Vou analisar a história das garrafas este ano a ver se resulta.  joba

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Como capar melões e tomateiros

Neste momento já existe um post mais completo sobre capar melões.
Pode ser encontrado com o título de "Capar Melões - Desenhos"  (31 de Julho de 2012), ou então basta carregar no link que se segue:
http://paixaodahorta.blogspot.pt/2012/07/capar-meloes-desenhos.html

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Este acto já foi amplamente comentado num post anterior, com a respectiva referência. Assim sendo, não pretendo acrescentar mais nada, para além, e simplesmente, de comentar as imagens!

As imagens 1, 2 e 3 representam três pés de melões distintos, e todos eles estão “virgens” (leia-se, sem capar).

Este, julgo, que será o melão mais vigoroso…
As “contas” que eu utilizei foram as seguintes: como todas as espécies são estrangeiras, e eu não sei o sistema utilizado nestas espécies nos respectivos países, e também sei que há quem não cape melões (ou por não saber???, ou porque serão mais adaptados à “virgindade”???), vou deixar assim por capar, um pé de cada espécie.
Os 4 pés distintos, que não consegui mais germinados, vão todos “à faca”.
No final saberei quais os resultados mais adequados (mas desde já digo que privilegiarei o sabor, à quantidade e tamanho).
Este agrada-me…Apesar de não estar tão crescido como o da imagem anterior, noto umas folhas firmes e vigorosas (queira DEUS que seja para
permanecer).
Esta imagem é muito útil para explicar o procedimento da imagem 4.
Aquelas folhas que as setas estão a indicar chamam-se Cotilédones (eu chamo-lhe orelhas… é mais “barato”…e simples…) .
São as primeiras folhas (falsas) a surgir após a germinação da semente.
Cá está o “verdadeiro artista” já capado!
No tal post que já referi no início deste, o primeiro link, mostra um pé de melão completo, e com um X assinalar o local exacto a capar, ou seja, alguns centímetros acima da segunda folha verdadeira.
Os cotilédones não são folhas verdadeiras, por isso, não entram na contagem.
Reparem que lá diz quando as plantas possuem 4 a 5 folhas – pois eu não ligo à quantidade de folhas, eu “guio-me” pelas vinhas que nascem nas “axilas” das duas primeiras folhas (rascunho A). Quando já estão assim lançadas é que capo (normalmente com o tamanho da imagem 2).
Então é assim: esta imagem mostra um pé de melão já sem os cotilédones.
Os rascunhos B são as duas primeiras folhas verdadeiras.
Os rascunhos A são as duas vinhas que nasceram nas “axilas” das folhas principais.
Reparando de novo no link, onde diz « Deuxième taille » , consegue-se ver na perfeição, as duas vinhas (rascunho A) que nascem das duas folhas principais. Exactamente o que a minha imagem documenta!
A partir daqui não toco em mais nada – é uma vinha para cada lado, que dará mais ramagem e depois os frutos (dos dois lados).
 Outro pé de melão também já capado (estou é a ver ali 2 folhas a mais…tenho de conferir na horta…)!
Depois de capar, assinalo no plástico, com um marcador de feltro, a respectiva “lembrança”.
Este já se pode “exprimir democraticamente”… Desde que dê bons e saborosos frutos, não haverão “revoluções”…até lhes garanto dinastia…
Ficou ali esquecido um cotilédone. Têm as horas contadas…

Bifurcação de tomateiros:
Esta imagem é um dos meus Jóia de Oaxaca.
É bem visível a bifurcação em V.
Neste momento o tomateiro possui duas ponteiras (cabeças, etc), e como já falei noutro post, é de bom senso “livrar-se” de uma destas pontas, como se pode ver nas setas amarelas.
Depois de escolhida a ponteira a eliminar, ou seja, a mais “pequena” e que não tenha flores, então é só cortar (seta azul). Podia ter cortado onde se nota um traço amarelo, eliminava mais um ramo de folhas, mas não havia qualquer problema.
Agora a única ponteira depressa tomará vigor, e já não haverá tomates pequenos e tardios, depois desta acção!
Tudo entendido, ou nem por isso?...

17 comentários:


Já;capei alguns dos meus melões da maneira como vem a explicar neste comentário.Agora vou dar o meu conselho e umas dicas como capar melões( sou da zona norte e conheço bastante a cerca do melão casca de carvalho) que consiste no seguinte...Quando o melão apresenta 3 ou 4 folhas verdadeiras (não contem os cotilédones) suprimem o caule acima da 3ª e limpam o olho que se desenvolve na axila dessa mesma,deixando nascer 2 rebentos só nas 2 primeiras folhas e nesses mesmos rebentos vão nascer os frutos,quando esses mesmos já estiverem desenvolvidos, podem suprimir o caule 2 ou 3 folhas a frente.PS: se nascerem rebentos nos cotilédones suprimem esses mesmos.
Paulo Costa a 10 de Junho de 2010 às 18:29


Viva!
Paulo Costa, já "vi" que você é cultivador de melão (e Casca de Carvalho).
São sempre bem-vindas as sugestões de um profissional; ficam todos os visitantes do blog a ganhar com as boas dicas!
O sistema que eu utilizo foi retirado do link francês, em 2008, e como eu em 2009 cultivei várias espécies francesas, era o sistema mais adequado.
Mas no fundo, Paulo Costa, vêm a dar ao mesmo...ou seja, eu corto um pouco acima da segunda folha verdadeira, e em cada uma dessa folhas, nas axilas, nascerão uma nova guia.
Você corta acima da terceira folha, mas ao suprimir o rebento que desponta na axila da terceira folha, fará com que nasçam só os rebentos das duas primeiras folhas verdadeiras, em suma, o resultado é igual...
Diga-me só uma coisa, se não for confidência: Você quando capa o pé de melão, em que tamanho o faz (mais ou menos). Vê-ja a terceira imagem deste post para lhe servir de "tela"!
Saudações,
António



Boas:
Sr. António, para responder a sua questão digo o seguinte:
o tamanho da planta na terceira imagem é o ideal para capar a primeira vez...eu digo primeira vez porque dependendo do desenvolvimento da planta por vezes é preciso seguir as mesmas instruções nas duas guias que aparecem nas duas primeiras folhas, caso não apareçam os frutos nessas mesmas...(seguir sempre este passo até que apareçam as primeiras flores macho)



Quero acrescentar o seguinte:
para terem um melão com um bom porte não depende só da poda, mas sim também da sulfatação, da terra (descansada) e da adubação, aconselho que ao sulfatar adicionem na calda adubo foliar e quando aparecerem os frutos adubar a terra sem encostar adubo ao pé do melão porque este mesmo pode queimar.

Saudações;
Paulo Costa


Olá, viva!

Paulo Costa, vou-lhe pedir um favor: Trate-me por tu, você, minhoto, “selvagem”…etc. Mas não me trate por Sr. O Senhor está no Céu!
Não leve a mal esta “mania” que eu tenho de não gostar de ser tratado por senhor…
Ah, e muito menos por engenheiro (fidalgo); “este” faz-me lembrar uma tragédia grega… em S. Bento…
Agora sobre os seus comentários.

Continua...

Agradeço-lhe estes dois comentários sobre podar melões; são dicas úteis a ter em conta, e vindas de um profissional valem muito!
Sobre o comentário das 12:59, apenas quero sublinhar um pequeno lapso seu, onde diz «...(seguir sempre este passo até que apareçam as primeiras flores macho)».
Você queria dizer flores fêmea?...
As flores macho, são as primeiras flores que aparecem, por isso se capa para “acelerar” o aparecimento das flores fêmea.
Em relação ao comentário das 20:33: Pois fiquei com algumas dúvidas à “deriva”…e como você “já tem calo” no assunto, vou aproveitar.
Sobre a terra descansada ou rotação das culturas já sabia (aliás, a ver se faço um post sobre o assunto?...);  o que eu quero saber, e claro, se for possível responder…era:
- Você sulfata os melões na fase da floração (e as abelhinhas…)?...
- Sulfata só com Calda Bordalesa?
- Qual é o adubo foliar que utiliza normalmente?!?
- Que medidas utiliza normalmente (água = litros / Calda Bordalesa = colheres)?...
Tenho uma questão mais pessoal, e que até gostaria de saber mais do que as anteriores: Este ano (meu terceiro de melões), apareceu-me por baixo das folhas dos melões, uns pontos negros (parasitas?/piolhos?etc?). O que é aquilo e como se elimina (lembro que os melões já estão carregados de flores)?!?
Saudações,
António



Boas sr . António:
desde já agradeço a correção que fez ,mas a minha intenção é tentar simplificar a poda, porque não sei se ja reparou (no meu caso tem sido assim) que normalmente tem de capar 3 vezes e so ai é que aparecem as primeiras flores macho, adivinhando ai que nas proximas guias vão aparecer as flores femea.
É verdade que isto depende do desenvolvimento da planta, porque eu aqui cubro a terra com um plastico preto e outro incolor por cima para fazer de estufa e normalmente so tiro este mesmo definitivamente quando tenho de capar a segunda vez (se o tempo estiver bom caso contrário cubro outra vez).
quanto ao adubo foliar aconselho um adubo normal, (quase sempre de cor verde) e para por perto do pé normalmente utilizo também o adubo normal de cobertura. Peço desculpa mas de momento não lhe sei dar nomes especificos mas com tempo eu vou por aqui nomes e quantidades para fazer uma calda de sulfate que normalmente utiliso e desde já lhe posso adiantar que na calda utilizo praticamente a base de produtos sistermicos.
Quanto ao sulfatar com flor eu não tenho problemas, apenas quando utiliso o (DECIS) para o mesmo problema que me vem a explicar no comentário e desde já o aconselho a utilizalo o mais rapido possivel.
   
PS:

Desculpa o sr. mas e força do habito



Boas :
Tenho vindo a tentar explicar neste link a melhor maneira de podar  e tratar melões (casca de carvalho) pelo motivo seguinte:
Não sou um profissional como o António diz mas apenas um bom apreciador de um bom melão (casca de carvalho).
O meu motivo é o seguinte:
Como bom apreciador deste melão, à cerca de 5 anos comecei a cultivar este mesmo devido ao seu paladar e também devido aos preços que por esta zona também se praticam, e como tenho uma area de cerca de 7 m2 de terra para cultivar resolvi experimentar cultivar esta raça de melão, aprendendo com profissionais e com meu Pai que sempre foi agricultor (o qual me einsinou varios tratamentos para os problemas que normalmente aparecem nas plantas) e assim comecei.
Agora vou rezumidamente dar alguns conselhos icenciais para o cultivo deste melão.
Se já leram os comentarios anteriores nao venho acrescentar muito mais:
Á cerca da poda ou como capar os melões, basta verem o  link françês que o Antonio aqui Já referiu, quanto à sulfatação vou dar umas dicas que podem ser uteis, mas o António neste caso deve ser muito mais experiente e caso contrário do que vou indicar aqui que ponha a sua questão ou dica...:
Quando o pé do melão ainda esta prematuro (ainda na faze de estufa) eu utilizo numa maquina de sulfatar de 16 litros o  sguinte:
 16L de agua, 3 colheres de sopa de MANCOZEB e 3 tampas da garrafa de 1L de adubo foliar,normalmente utilizo este tratamento de 15 em 15 dias o maximo 3 vezes, (ou 45 dias) e depois começo a uzar outros tipos de FUNGUICIDAS  (à base de sistermicos como o VITIPEC AZUL ou RIDOMIL (por vezes juntos e sempre com adubo foliar)) para não haverem resistencias de FUNGOS.
NUNCA UTILIZAR MAIS DE 3 VEZES O MESMO FUNGUICIDA por este mesmo motivo.
E mais relembro que não se esqueçam de adubar o pé do melão na faze de floraçao (ou quando aparecem os primeiros frutos) e também quando estes mesmos ja estiverem a meio do seu crescimento.

SAUDAÇÕES:
Paulo Costa :
e quanto a duvidas eu no que puder ajudo.


Olá, viva!

Paulo Costa, se fosse possível, podia comentar as duas questões seguintes:

1 – Você já referiu que cultiva o Casca de Carvalho, o que eu queria saber é quantos frutos, normalmente, tira por cada pé desta espécie (média)?!?
2 – As meloas são muito fáceis de saber quando estão maduras (basta esperar que o pedúnculo se desamarre. Mudam de cor e ganham odor), ora, nos melões já não é assim tão fácil, pois não se pode esperar no pedúnculo, e eu gostaria que você desse aqui a sua opinião nesta “manha”?!?
Antecipadamente, os meus agradecimentos”
Saudações,
António

Boas António

Normalmente só deixo 2 ou 3 frutos em cada pé, quantos menos melhor, porque se deixar muitos pode acontecer de os frutos murcharem como aqui ja o referiu dizendo que talvez seja da polinização mas eu penso que não, porque acontece muitas vezes isso comigo e alguns desses frutos ja medem cerca de um palmo, penso eu que e devido à força da terra e da planta que não aguenta para conseguir  vingar estes mesmos...para saber se ja estão maduros eu vejo pelas folhas que estão perto do fruto que normalmente começam a secar, pelo cheiro (que e o mais certo), também apertando-o levemente, se o melão ceder está bom se estiver duro é melhor esperar mais uns dias e se ja o tiver colhido e duvidas abano o melão e se ouvir as sementes e sinal que estas ja estão soltas e o melão esta maduro...Pode também verificar pela cor que fiva com um tom mais amarelado por fora excepto na raça de Barcelos que a casca e mesmo verde e não costuma mudar de cor.

atentamente:

Paulo Costa
Olá, viva!

Paulo Costa, EXCELENTE esta sua ajuda!!! O meu agradecimento sincero por partilhar esta informação!
Vou-lhe ser sincero: como já havia referido, eu nas meloas “já me sinto como peixe na água”, agora nos melões…está bem, está… ainda tenho muito que aprender!
Muita gente ( e até eu de inicio) julga que cultivar melões é o mesmo que cultivar meloas, mas não é bem assim; os melões são mais “manhosos”, e exigem “um olho apurado”, que não se obtêm do dia para a noite…precisa de prática para se obter este saber!
Esta informação que você partilhou, para um aprendiz como eu, e se por acaso não tivesse Internet, levar-me-ia meia dúzia de anitos…até descobrir “este olho apurado”.
Julgo que não serei o único que frequenta este espaço, que ficou a ganhar com estas informações?...
A minha intenção também é essa – partilhar o pouco que sei com quem pouco menos sabe! E claro, obter informação para partilhar, de quem sabe mais.
Saudações,
António



Já estive a ver vários comentários à cerca de capar melões e quase todos vêm dar ao mesmo (capar à 3ª ou 4ª folha) e este para mim deve ser o mais eficaz, porque na realidade tem a sua lógica porque ao  suprimir os tais ( (http://pt.wikipedia.org/wiki/Cotil%C3%A9done)
Já estive a ver vários comentários à cerca de capar melões e quase todos vêm dar ao mesmo (capar à 3ª ou 4ª folha) e este para mim deve ser o mais eficaz, porque na realidade tem a sua lógica porque ao suprimir os tais  aí não vai dar origem a nascerem também outros ramos mãe como os que nascem nas axilas das 2 primeiras folhas verdadeiras. Vou ver os resultados este Ano capando os melões desta mesma maneira como acima o referiu...espero bom resultados e obrigado pela dica.
Paulo Costa a 31 de Maio de 2010 às 23:00


Ontem capei à terceira folha um melão que era para não capar (ainda me resta um da mesma espécie por capar), assim poderei ver qual o melhor resultado.
É verdade que possuo várias espécies, mas já foram quase todas capadas, só este que referi em cima, e que cultivo 4 pés, é que servirá para compreender melhor a "manha": Um sem capar, dois capados à segunda folha, e o último capado na terceira folha.
Aver vamos... 


Assim é que está correcto!
Nem como moderador posso corrigir os erros... porra sapo... 

Olá António.

Entendido sim senhor. Acho que este ano vou seguir o seu conselho e vou capar um ou dois pés para ver o que dá primeiro e quantidades.
Em relação aos tomates os meus "mexicanos" estão quase em vias de irem para a terra. Já vão tarde mas este ano é apenas uma experiência.

Cumprimentos. Boa monda. Joba

Que violencia para com os tomateirinhos e meloeirinhos!
Estou a brincar eu também andei a tirar, no domingo passado, uns ramos que lá estavam a mais. Mas eu não estudei como você, só faço como fazia o meu avô, tiro os ramos que crecem por baixo dos que já estão a dar flor, vamos ver se resulta.
Até sempre porque? não seii!
Cumprimentos? larguras? é tudo igual...
eugenia

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Aviso...

Venho avisar que só anexarei o post sobre protecção de sementes lá para quarta-feira; na sexta e no sábado não tive tempo de lhe tocar, por isso me atrasei. Faltam-me só alguns comentários.
“Pardon”!!!

Descobri uma enorme barbaridade no post anterior (é no que dá quando não se sabe).
Eu tinha avisado que não tinha estudos para tal, e que nunca nutri grande interesse no assunto, pois bem…ao reler a seguinte frase: « As sementes híbridas são a primeira geração de descendentes de duas linhas distintas e distantes dos pais da mesma espécie.», fiquei confuso com o «distantes»… Que uma semente híbrida é distinta da mesma espécie, não é difícil de entender, mas o distante…
Enfim, resumindo e concluindo, fui fazer uma pequenina pesquisa, e eureka… descortinei que quando se semeia duas espécies juntas diferentes (Casca de Carvalho e Branco do Ribatejo, por exemplo), as sementes que estes frutos portam em si são SIMPLESMENTE HÍBRIDAS, sem o F1. Este F1 só acontece ao fim de algumas gerações (quantas não sei?).
Aquele post é todo ele a rever – só não sei é quando (talvez no dia do SÃONUNCAÀTARDE…)?

«Quem te manda a ti, sapateiro, tocar rabecão?...»

Só tu e o fidalgo engenhoso engenheiro…


P.S. – O titulo do post é para lembrar a nefasta nódoa que foi o dia 17 de Maio, do ano 2010…

sábado, 15 de maio de 2010

Sementes Puras & Sementes Híbridas

Eis um tema que me está a “esturricar” os meus neurónios! …
Vamos lá por partes: primeiro eu não tenho nenhum curso de horticultura, agricultura, ciências ou genética (etc); a minha escolaridade é o “antigo” 2º ano de escolaridade (julgo que hoje em dia se chama o 6º ano?...). Não chegou para aprender sobre tomates, melões ou salmões… Tudo o que sei, aprendi nos últimos 3 anos (familiares e net); primeiro a teoria e depois foi só pôr em prática (e agora é só aperfeiçoar).
Segundo, não aprofundei muito o tema híbrido porque, simplesmente, não me convêm nem me interessa muito (mais adiante esta frase será entendida…)!
Terceiro, se não sou de muita confiança em falar em híbridos, porque há questões que me deixam em dúvida e intrigado (eu sempre que tiver essas duvidas, deixo entre aspas 3 pontos de interrogação, para o leitor poder pesquisar pelos seus próprios meios), dizia que se não sou de muita confiança em relação aos híbridos, podem confiar no que eu falar sobre sementes puras, e como se deve proteger!!! O porquê desta confiança, é porque este tema, quando necessitei, foi de enorme interesse da minha parte, e como tal, pesquisei e questionei pessoas conhecedoras desta matéria.
(...)

Vamos lá ver então, o que é uma semente pura e uma híbrida!

Semente pura: Uma semente pura é a combinação de 50% de genes da mãe e 50% de genes do pai.
Já está, simples não?...
Semente híbrida: As sementes híbridas são a primeira geração de descendentes de duas linhas distintas e distantes dos pais da mesma espécie.
Aqui já têm 25% de genes da mãe, 25% de genes do pai, e os outros 50% (???) são genes de outra espécie. O termo genético para esta geração é um simples “F1” (não confundir com Formula Um, automóvel…), que significa Filial 1, ou seja: a primeira geração filial de sementes, plantas ou descendência animal, resultante do cruzamento sexual de tipos parentais diferentes.
Um bom exemplo entre os animais é o cruzamento entre um jumento com uma égua, resultado “temos” a mula. Mas se o cruzamento for invertido, ou seja, um cavalo com uma jumenta o resultado é o bardoto (cruzes-canhoto…).
Uma semente retirada de um híbrido pode ser estéril, mas o certo e garantido é que o fruto que daí nascer já será diferente da geração pura (exemplo: cultivar um pé de melão Casca de Carvalho junto de um pé de melão Branco do Ribatejo, ao colher sementes desses melões, para cultivar no ano seguinte, já não nascerá um Casca de Carvalho ou um Branco do Ribatejo – serão simplesmente novas espécies, em constante mutação…).
Mas as espécies só se hibridam entre espécies da mesma espécie e não do mesmo grupo… Vamos lá ver se consigo desatar este nó (…), por exemplo: Cucurbitaceas é uma família de plantas que reúne 750 espécies, das quais fazem parte os melões, pepinos, melancias, abóboras, cabaças (etc), ora, o horticultor pode cultivar na sua horta uma espécie de cada um destes hortícolas, sem haver risco de hibridação, mas já não pode cultivar várias espécies de melões (como eu faço), porque o resultado é a hibridação garantida, a não ser que faça a polinização manual! Atenção: há algumas excepções… nesta classe, cucurbitaceae, e principalmente no que mais me interessa (melões e pepinos), descobri uma espécie de pepino (há quem o defina como pepino e há quem o classifique como melão…), que é altamente hibridável com os melões. Trata-se de uma espécies da Arménia e chama-se armenian cucumber.
O porquê das sementes híbridas F1 no mercado: Uma semente híbrida F1 é a garantia (…) de melhores rendimentos do que uma semente pura! Os híbridos foram criados com ênfase na produtividade em detrimento da robustez e resistência. Mas “este doce” (produtividade) tem um custo, ou seja, o híbrido exige mais fertilizante, herbicida, pesticida e demasiada água! Mais: uma pessoa que compre sementes híbridas F1 não pode colher as sementes que daí nascerem (F2), por isso “é um negócio da China” para esses comerciantes. Um bom exemplo sobre este facto é a meloa Gália: de origem israelita, esta meloa é um híbrido F1. Muito saborosa e bastante cultivada no Alentejo mas, no entanto, os agricultores são obrigados a adquirir sementes todos os anos (já que o F2 é uma “desgraça”…). Portanto, esta meloa é criada por pais distintos e distantes (que nós não sabemos quem são, só mesmo os israelitas). Mas esta meloa (F1) pode ser estabilizada (a palavra correcta para este termo é desibridada), ou seja, os agricultores colherem sementes protegidas do F1, o que já passariam a F2, colher as sementes protegidas do F2, o que passaria a F3, etc. Isto é um processo que demora “algumas gerações”; pode ir de um mínimo de 7 anos, um “médio” de 10 e um máximo de 20 (???). O “problema”, como já dei a entender anteriormente, é no momento que as sementes são F2 e F3, principalmente (???), pois consta que é preciso semear centenas de plantas, para conseguir obter alguns frutos (???*).
Uma enorme confusão que vai nos meus neurónios é: Se quando protegermos um fruto puro e assim obtemos sementes puras, então quando se protege um híbrido F1 porque é que ele dá em F2????????? Terei compreendido mal?!?
Mais, a meloa Gália (é desta que estou a tratar neste momento) ao passar para F2 e depois F3 (etc), deixa de ser a meloa que nós conhecemos, ou seja, ganha outras formas ou características, e só volta a aparecer com as características iniciais (como a conhecemos no F1, o estado actual), por volta do F6/F7 (???), que depois precisa de mais uns anos de sementeira para confirmar a estabilização!
Acabei de esturricar uma dúzia de neurónios…
No mercado nunca (?) se encontra à venda sementes F2, F3, etc. Só mesmo puras e os híbridos F1. Atenção que muitos vendedores não sinalizam a qualidade do que vendem, e depois a “fava” sai ao cliente desprevenido… E há outros comerciantes que vendem “gato por lebre”…Eu já plantei melões Casca de Carvalho (o que vinha na imagem da carteirinha) e sai-me… o Verde Tendral… Outra vez plantei abóbora Menina e sai-me a Porqueira…
O que é um híbrido F2?!?
Um F1 é a primeira geração de descendentes de dois pais diferentes de linhagem estável.
Um F2 é a prole de dois desses F1.
Então é assim: Um Casca de Carvalho cultivado junto de um Branco do Ribatejo = F1 (tanto seja as sementes colhidas do Casca de Carvalho como do Branco do Ribatejo. Claro que serão diferentes umas das outras, ou seja: as sementes colhidas do Casca de Carvalho podem dar um melão com rugas, branco e polpa laranja (etc), e as sementes recolhidas do Branco do Ribatejo dar um melão (ou meloa?) com rugas, ou liso, verde e de polpa salmão (etc). Mas este facto está nas sementes do fruto que nasceu, ou seja, quando se semeia duas espécies puras juntas, neste caso os Casca de Carvalho e o Branco do Ribatejo, os frutos que daí nascerem são idênticos aos pais, a hibridação está nas sementes que esses frutos portam em si, e que só será visível no ano seguinte, quando se semear.
Tudo o que estou aqui a falar também é válido para os tomates (por exemplo)!
Este asterisco * que se encontra mais acima, é causa de “massacre” nos meus neurónios e aparecimento de cabelos brancos no meu “melão”… Eu explico: segundo entendi é na fase do F2 que se fará a escolha do futuro fruto que se deseja – branco ou castanho (etc), pequeno ou grande, oval ou redondo, doce ou picante, etc. Ora, e é por isso que se deve cultivar centenas de plantas, para poder encontra as características mais ao agrado do seu “criador”. O que me consome e esturrica os neurónios é: então se por volta do F6 ou F7 (???) a meloa Gália volta a ter as características do F1, que escolha se faz, então, no F2??? Que pode ser oval (melão) em vez de redondo?????????????
Fujam que estou a chamuscar…
Ainda não acabou a confusão e a chamuscada…

Por agora fico-me por aqui, estou cansado e saturado. Tenho muito trabalho na horta e não me posso dedicar com mais empenho a este tema. Será um tema a rever no Inverno, quando os trabalhos da horta estão a “hibernar”, portanto mais disponível para fazer a pesquisa!
Julgo que em alguns momentos deste post “meti os pés pelas mãos”… mas eu avisei que não tenho os estudos para tal, mas também não preciso de tanto…a mim, basta-me bem explicado uma vez que a “coisa” fica logo entranhada nos neurónios!
Para não complicar mais do que já está, decidi apagar alguns parágrafos que se encontravam logo a seguir à frase « Ainda não acabou a confusão e a chamuscada… »!
Deixo a todos os visitantes, os conhecedores do tema e os que pretendem aprender, o “blogue aberto” às vossas opiniões, sugestões e informações (ou seja, os vossos comentários, apesar de eu os moderar, serão publicados).
O tema híbrido é um tema muito extenso e complexo; e todo ele tem por obrigação passar nas “malhas” das Leis de Mendel!

Outro facto sobre híbridas: «As sementes híbridas e seus adubos necessários, pesticidas e sistemas de irrigação tem aprisionado muitos dos agricultores mais pobres do mundo em um ciclo de endividamento. Na Índia centenas de agricultores cometeram suicídio devido a dívidas.
« A substituição de fertilizantes químicos por métodos orgânicos de devolver os nutrientes ao solo, como a compostagem, rotação de culturas e esterco cria solos sem vida empoeirado propensas a erosão do solo. Um número estimado de 24 bilhões de toneladas de solo é erosão das terras agrícolas do mundo a cada ano. Os níveis de poeira na atmosfera mais baixa triplicaram nos últimos 60 anos.».
Palavras para quê…

Dois vídeos em inglês:
Primeiro - A
Segundo - A


P.S. – Amanhã ou segunda-feira, insiro o post sobre protecção de sementes, com imagens.
Era para ser junto com este post, mas finalmente decidi que devia ser noutro artigo!
publicado por António às 18:51

Olá, antes de mais, muitos parabéns gosto muito do seu blog. Tenho aprendido muito! Sei que não deve por cá andar tão cedo, pelo que li, mas qd voltar diga qualquer coisa. bem mas vamos ao meu comentario sobre F1. As linhas parentais dos F1 são apuradas de modo a serem o mais homozigotico possível (nas caracteristicas que importam). O que significa por ex meloa A, é aa num determinado gene e a meloa B é bb.Todos os descendentes vão ser obrigatoriamente ab.Agora no F2: temos 2 pais que são ab, mas os filhos deles podem ser: aa, bb, ab. Isto em várias caracteristicas ou genes ao mesmo tempo dá uma salganhada! Se fosse só 1 gene ainda tinhamos 50% de hipotese de ter meloas Gália (ab + ab = aa,ab,ba,bb, em que ba=ab), mas em muitos dá filiação muito diferente de uns para os outros!!! As sementes puras, são homozigoticas na maioria das suas caracteristicas que importam, portanto se o pai e a mão são aa, os filhos também o são! Não percebo especialmente de genética vegetal, nem de nenhuma genética em especial, mas esta é a base por detrás dos F1, muito simplificada, claro! Espero ter contribuído alguma coisa! Muitos parabéns e espero que volte em breve. Marisa
Marisa a 30 de Junho de 2011 às 23:41

Gostei do blog. Parabéns
Olá amigos
correctivos agricolas, calagem de solos a 26 de Novembro de 2010 às 12:20

Caro companheiro de "armas" António.
Para 3 anos de "tomatina" está um catedrático. Sintéticamente;(Não parece à primeira vista, mas atendendo a tudo o que se pode ler e estudar sobre hibridos, o seu post é sintético)conseguiu demonstrar porque milhares de pessoas têm um desgosto, quando depois de comer uma meloa, boa de morrer por mais, juntam religiosamente as suas pevides para no ano seguinte lançarem à terra ó natureza... nada cresce, ou m«na melhor das hipóteses, cresce muita rama, muita rama e nada de fruto.... Há malvados israelitas e outros que tais, que mandam na nossa horta.... Parabéns pelo post. fico ansioso pelo post da secagem e manutenção de sementes ... Abraço. Joba http://olugarnuncapensei.blogspot.com (http://olugarnuncapensei.blogspot.com)
 
Boas!
Joba, não sei se já reparou no meu último post?... "Confessei" que cometi uma enorme barbaridade (...); eu e os híbridos, definitivamente, não somos compatíveis... 
Mas nem tudo é falso; eu volto a reafirmar tudo o que disse sobre a meloa Gália! Sem retirar um vírgula!
Sobre o post de secagem e manutenção das sementes, ainda é muito cedo. Tinha intenção de o fazer só lá para meados de Agosto...mas lá por isso, em finais de Junho ou inícios de Julho, quando as meloas estiverem mais baratas à venda no mercado, eu faço um post, e principalmente sobre a recolha das sementes de tomate, que tem "um pequeno truque de ginginha"...
Cumprimentos,
António


Olá .gostei do blog, apesar da confusao deste post lol
Comecei tb há cerca de 2 anos a fazer uma horta...mas pelo q vejo aqui, nao sei nem um terço lol.
Vou voltar paea cuscar e principalmente aprender.se quizer cuscar o meu blog onde tenho a horta os meus animais e coisas q pinto...tá á vontade.
cumprimentos aqui da camponia da margem sul.


http://pituxasilva.blogspot.com/

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Estufa melões - Etapas

Sem comentários!











Tirando o dia de ontem, domingo, é só chuva desde sexta-feira; e eu a ver o melões a crescer nos vasos... porra...
Vou colocar 15 melões nesta estufa, e tenho 2 espécies que estão a crescer mais do que os outros, e a chuva atrasar-me o trabalho...

 Nao sabia que para trablalhar a terra e priciso dubrar a "mola" ? Eu tambem tenho colheita mas para alem do trabalho e priso arricar no tempo meu caro colega...
Mas o reato vira a fundo perdido..mas parece me a mim que ja esta tudo perdido...
Um abraco de conformacao 



calma! A natureza precisa de muita clama.
Mas voce é um proficional no que toca à terra, ou essa terra é bem fofinha? Eu não consigo por a minha assim fina fica sempre com torrões.
Também eu no fim de semana não consegui fazer nada devido à chuva, apanhei as favas e só.
um abraço eugenia do vale

Boas!

Eugénia, calma eu tenho…só não tenho é paciência… (risos)

Hoje não choveu (13) mas voltou o vento forte (mas mesmo forte); resultado – não fiz nada!

Se por acaso alguém vir a Senhora Primavera, por gentileza, digam-lhe que “o horta d`avó” têm “duas palavrinhas” para lhe dar?...

Quanto à terra “fofinha”: eu “dou-lhe” com a enxada (Cruzes-credo! Salve seja!)! Esta terra foi toda cavada e revirada em Janeiro, beneficiando assim das chuvas e geadas, matando deste modo todos os parasitas invisíveis a olho nu (e assim evito certas doenças dos hortícolas que “aguardavam a hora de prosperar”). No início de Abril voltei de novo a revirá-la; apanhando de novo as geadas e a chuva. E agora, na altura do transplante, reviro-a uma terceira e última vez, já com a terra mais macia e maneável (não tão pesada como a de Janeiro).

Dá muito trabalho e canseira cultivar a terra, mas para quem quer comer hortícolas saborosos e sãos, tem “de pagar” este preço…

Uma motoenxada dava cá uma ajuda!... Mas o raio do EUROILUSÕES…não quer nada comigo…vou tentar o totoloto…mas acho que me vai sair o Cava/a/terra/António/com/o/teu/canastro…

Cumprimentos,

Eu ja trabalhei muitas vezes a chuva!!!Estou a ver que e principiante! O lavrador tem que comer o pao que o diabo amacou com o cu. Ou entao va para politico...essses so o levantam para votar contra nos! Somos uns cobardes nao temos coragem para sair para a rua...so nos queixamos a lareira...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Transplante para a Horta

Finalmente…coloquei todos os tomateiros na estufa! Já podiam estar à mais tempo na horta mas, nas circunstâncias ocorridas, já não é mal… No ano passado, foram para a terra no dia 20 e 21 de Maio (ou 21 e 22?); mas também coloquei os melões no dia 1 de Maio (e este ano ainda estou para ver quando vai ser…).
Dezasseis tomateiros de cada lado, e vinte e tal (?) espécies.
Tenho ali uns panos e uma lona a cobrir a estufa porque, desde domingo, tem estado uma ventania invernal (Nortada entre 30, 50 e 80 km hora). Onde é que anda a Primavera?...
Ah, acabei por “desfazer” um pouco as camas porque, só no final de ter tudo na horta, é que colocarei o sistema gota-a-gota. Mas neste momento já não sei se colocarei esse sistema nos tomates (???); nas cucurbitaceas é para levar em frente essa tarefa!
Nesta imagem, de um dos lados vê-se, para além dos tomateiros, um rego de cenouras.
É a primeira vez que semeio cenouras; a ver vamos o que sai daqui… Nem estrume levou…
Este continua ser o tomateiro mais vigoroso; é o Golden Jubilée.
Ainda se encontra “agarrado” a um “palito” de espetadas. Quando crescer mais um palmo já o prendo à estaca que está ao lado!
Esta imagem mostra uma cama de 5 pepinos trepadores. É uma nova espécie que cultivo este ano. Ainda tenho 3 pés de outra nova espécie, para colocar na horta (se houver espaço…).
A rede é para os gatos não esgravatarem, mas mesmo assim já houve algum terrorista que fez das suas (seta)…
Ainda tenho que montar ali uma rede para treparem, igual à das meloas (para já não tenho tempo; quando acabar o principal trato deste “negócio”).
Eis que se vê uma cama de melancias, com o plástico negro. Serve de calor e contra os gatos… A rede é exactamente para esse efeito.
Aqui pretendo colocar a rega gota-a-gota.
As imagens que se seguem, mostram passo a passo o sistema que eu pratico na sementeira de melões, meloas e melancias (melões, pepinos, tomates, beringelas e pimentos seguem o mesmo caminho, tirando o plástico e o trepar).
Primeiro devo dizer que revirei a terra da horta no mês de Janeiro. Uma segunda vez no inicio de Abril, e agora a terceira vez antes de plantar (esta vez só mesmo a parte cultivável).
Normalmente faço como se vê na imagem logo a seguir a esta, ou seja, um rego com terra de ambos os lados. Neste caso só tem terra de um dos lados, por causa daquela viga que se encontra ali.
Como não tenho nenhum jumento…sou obrigado a comprar estrume de “jerico” para adubar os melões. Paguei 2.45€ o saco, no leclerc.
Enfim…pode parecer muita coisa…mas estrume de cavalo é que não parece… Tem mais parecenças com turfa molhada do que com outra coisa… Nem cheiro tem…Estes cavalos devem comer sabonete e beber champô… resultado, fazem estrume sem cheiro…

Se alguém pensou que ia deitar todo o saco da “espécie de estrume” nestes 5.40m de cama, pois pensou mal… Eu até deitava, despreocupadamente…se o estrume não me custasse dinheiro…
Em certos lugares não sabem o que fazer com o estrume, eu aqui tenho que o adquirir…
Vou começar a deixar os gatos “pastar” na horta…
                                          Cama feita e regada para ajudar a esticar o plástico.
Cama já com o plástico negro.
Os cortes são feitos em cruz e as pontas dobradas para dentro.
Dei entre 45 e 50 cm entre cada buraco. O ideal nas meloas era 80cm!
Depois, com uma colher de trolha, retirei a terra (30cm).
Quando fotografei esta imagem, o buraco só devia ter uns 20cm, o que era pouco e por isso voltei a retirar mais terra.
Para além do estrume “da mula da cooperativa”, que já deitei no início, agora volta a levar mais, mas este é compostagem.
Esta compostagem é estrume de galinha, ervas, flores arrancadas e cortadas em pedaços, e todas as cascas de legumes mais restos de comida.
Bem remexido, tratei de apanhar de novo as minhocas, e devolve-las ao seu habitat – a compostagem.
Pode não parecer nesta imagem pequena, mas eu garanto que isto é húmus autêntico (fertilizante 5 estrelas).
Mas primeiro tratei de trucidar umas flores (neste caso é a Borragem). Depois coloco uma mãozada deste preparo em cada buraco.
O porquê é simples (digo eu…): isto ajuda a fazer estrume além disso, as cucurbitaceas adoram potássio, e estas flores (julgo eu…) são ricas nessa matéria (é um “tiro” no escuro…).
É uma ideia… eu já fiz assim no ano passado, e mal acho que não fez?...
Não tirei imagens mas, depois de colocar uma mãozada destas flores em cada buraco, de seguida coloquei uma mãozada de cinza.
Após ter colocado as flores e a cinza, agora coloco duas mãozadas de composto, como esta que se vê na imagem, em cada buraco.
Não pensem que me fico por aqui em matéria de estrume ou compostagem (mais adiante comento) …
Por fim, retiro as meloas dos vasos ou sacos negros, e coloco-as com cuidado dentro de cada buraco, cobrindo-as com terra, sem acamar com força – deixo esse trabalho para a água da rega, o que fará com que “afundem “ um pouco, mas não há crise, é só “aconchegar” com mais um pouco de terra.
Eis o resultado final: coloquei duas estacas em cada topo da cama de meloas, e uma rede plástica, mas depois levará umas cordas para suportar o peso.
As estacas são suportadas por duas âncoras tubo de enterrar (ver aqui).
Este ano faço as meloas treparem. Ganho espaço e ajuda a retirá-las do chão, onde são mais susceptíveis ás doenças (oídio).
Ah, esta cama contem 11 pés de meloas, de 3 espécies.
Finalmente, a minha “arma secreta”…
Para colmatar o pouco estrume que tenho (e foi dado por uma vizinha, que tem uma capoeira de galinhas), tive de procurar outro meio para adubar a terra, sem utilizar adubo químico (esse adubo, o azul, SÓ UTILIZO nas batatas, que são sempre semeadas debaixo das árvores de fruto), descortinei este sistema, muito simples e extremamente eficaz.
A ver: um balde (quanto maior melhor), duas manadas de compostagem (no caso deste balde), uma de estrume de camelo… e sempre que houver água de cozer bacalhau, carne (etc) também coloco aqui dentro (a gordura dos estrugidos vai para a compostagem, não a coloco aqui); encher o balde de água e no dia seguinte já posso regar. Está feito!...
Falta dizer que não rego assim directamente. Filtro isto com a rede mosquiteira que se vê no canto inferior esquerdo, e deito uma só cafeteira (1L), a que está no canto superior direito, dentro de um regador normal/tradicional (10 ou 12 L?), e por fim é só enchê-lo de água.
Atenção, nesta fase não aconselho abusar: uma vez disto e na seguinte água simples. Eu só costumo “abusar” na fase da floração, e principalmente do crescimento dos frutos!
Sempre que esvazio esta compostagem líquida, torno a colocar mais um pouco de estrume e compostagem no balde, e de novo encho de água.
Notas:
O post sobre sementes puras e híbridas, mais protecção de sementes, talvez só esteja pronto dentro de semana e meia????  Se fosse só imagens ainda se arranjava com rapidez, agora os comentários é que me estão a consumir a paciência...

Segue-se a estufa/tunel dos melões; na próxima semana (se tudo correr bem...) insiro as imagens e comentários!
publicado por António às 13:12
1 comentário:


Olá António. Até fiquei cansado só de ler, mas parabéns, de certeza que este ano vai haver meloas , melancias e tomates à grande. Vamos falando . Abraço. Joba