quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Potimarron & Géneros de Cucurbitáceas

Ver texto acrescentado após pequena faixa em branco (mais abaixo)!
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Potimarron e/ou Hokkaido* (Ilha japonesa originária desta espécie, e que lhe dá o nome*)

 Valor Nutritivo:
- «O Potimarron é muito rico em vitaminas A, B, C, D, E, em Oligoelementos (fósforo, cálcio, magnésio, ferro, potássio, silício, sódio…), em ácidos (…), em açúcares naturais, etc.
- Quanto mais tempo o fruto for conservado numa cave seca, mais o seu conteúdo em vitaminas e açúcar aumenta.
- Pode ser consumido na generalidade dos cozinhados (cozidos), no forno, frito, em torta e em puré.»
(Uma pequena nota negativa…se é que se pode chamar negativo: O Potimarron é uma espécie de média duração, ou seja, um fruto colhido em Agosto e armazenado num local seco e arejado, dura no máximo até meados de Dezembro. Caso o coloquem numa arca congeladora, então haverá potimarron para todo o ano)
  
Os franceses chamam a este género de cucurbitácea POTIMARRON (Cucurbita Maxima); e muito bem, têm dividido os géneros por “categorias”, ou seja – e tentando aportuguesar o sistema -, existe a família das CABAÇAS que possuem imensas espécies, idem para a família das ABÓBORAS, igualmente na das COURGETES, nos PATISSONS, etc. Por isso, uma cabaça é uma cabaça e não uma abóbora ou courgette, etc. Agora são todos da mesma família (cucurbitáceas), mas de géneros diferentes. Mais um exemplo: a “abóbora” de Chila é única na sua família (cucurbita ficifolia) – não há mais espécies na sua “casta”, por isso nem é abóbora nem cabaça, nem potimarron, etc. Para melhor compreensão: a “abóbora” de Chila NÃO É  hibridável com nenhuma espécie, e assim sendo pode-se cultivar ao lado de qualquer outra espécie cucurbitácea, sem qualquer risco de hibridação para a espécie. A pureza é sempre garantida..
Ora, na família dos Potimarron também há várias espécies distintas – e cito só meia dúzia como exemplo: Agakuri, Golden Delicious, Red Kuri, Chestnut Bush, Kabocha, Solei Rouge e Uchiki Kuri.
Já esta espécie que eu possuo chama-se Potimarron/Potimarron simplesmente porque se desconhece a variedade…
É como chamar a uma Cabaça/Cabaça, porque em algum lugar… se perdeu o rasto da espécie, e já não se tem a certeza se é a espécie A, H ou Y?...
Atenção: não sou eu que perdi o nome da espécie, pois no site onde fiz esta troca de sementes, está lá escrito isso mesmo (Potimarron - variedade desconhecida)!
Complicado?!
Nem por isso…
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Isto pareceu-me um texto um pouco…incompleto, por isso deixo mais algumas explicações sobre o tema, e com link`s para o leitor pesquisar!
Realço que são informações retiradas em sites sobre o tema, pois eu não sou nenhum botânico – por isso qualquer dúvida, e caso eu não saiba, então é melhor procurar em livros botânicos sobre cucurbitaceas, pois nem tudo se encontra 100% disponível na Internet.

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A família das Cucurbitáceas é uma família de plantas dicotiledóneas, que compreende mais de 130 Géneros diferentes, e divididos eles mesmos em mais de 960 Espécies. (E suponho que no que toca a espécies não estão contabilizados os híbridos = F1 - ?...)
No que se refere aos Géneros, deixo então aqui alguns exemplos:

     Cucumis Melo = Melão, meloa : Algumas espécies ver aqui http://rareseeds.com/vegetables-d-o/melons/american-asian-european-melons.html?limit=128
·       Cucumis Sativos = Pepino, cornichon : Algumas espécies ver aqui http://rareseeds.com/vegetablesa-c/cucumber.html?limit=64
*   Outros géneros de Cucumis ver aqui    http://cucurbitophile.fr/gnr/008.php
·       Citrullus Lanatus = Melancia : Algumas espécies ver aqui http://rareseeds.com/vegetables-p-z/watermelon.html?limit=64
   Outros géneros de Citrullus ver aqui http://cucurbitophile.fr/gnr/004.ph
*       Lagenaria = Algumas espécies ver aqui http://cucurbitophile.fr/esp/051/esp.php
·       Benincasa = Algumas espécies ver aqui http://cucurbitophile.fr/esp/001/esp.php (as plantas desta espécie são boas para porta enxertos das meloas)
·       Cucurbita = subdividida em vários géneros ## http://cucurbitophile.fr/gnr/009.php
## Maxima =  Alguns exemplos aqui http://cucurbitophile.fr/esp/034/esp.php
## Moschata = Alguns exemplos aqui http://cucurbitophile.fr/esp/036/esp.php
##Pepo = Alguns exemplos aqui http://cucurbitophile.fr/esp/037/esp.php
## Mista (ou mexicana) = Alguns exemplos aqui http://cucurbitophile.fr/esp/035/esp.php
## Ficifolia (abóbora de Chila) = O único exemplar deste género aqui http://cucurbitophile.fr/var/9000/var.php
ETC.
·
Já  Já havia feito referência ao comentário/questão que se segue num anterior artigo do blog, mas volto a repetir: É possível cultivar na horta uma espécie de cada um destes Géneros de plantas sem risco de hibridação?!
Resposta: “Nim”…***
Ou seja, tanto pode ser Sim como Não – depende da espécie.
Exemplos do Sim (com garantias amplas): uma espécie de melão ou meloa (não pode ser os dois), uma espécie de melancia, uma espécie de courgette e a abóbora Chila. E talvez…uma espécie de pepino.
Digo “talvez” uma espécie de pepino porque, como também já o havia referido, se o horticultor cultivar as espécies de pepino da Arménia junto dos géneros da opção do Sim, e colher sementes do melão ou meloa, no ano seguinte terá surpresas… pois estas espécies de pepino são hibridáveis com os melões/meloas. Por isso basta fazer atenção aos Géneros, pois estes tais pepinos são do Género Cucumis Melo… e não são os únicos (ver link: http://solanaseeds.netfirms.com/concombres.html ).

***(Talvez…)


Exemplos do Não: Uma espécie de melão, uma espécie de meloa, uma de pepino, uma de cornichom, duas espécies de abóboras (ex: cucurbita maxima).
Cultivar isto tudo junto era como semear a indiferença…e colher a surpresa-surpresa…

Exemplos do Nim: Uma espécie de cada um dos Géneros = 1 cucumis melo, 1 cucumis sativos, 1 citrullus lanatus, 1 lagenaria, 1 benicasa, 1 cucurbita maxima, 1 cucurbita mochata, 1 cucurbita pepo, 1 cucurbita ficifolia, etc.

Ora, por causa deste “Nim” do último parágrafo, e que me andava a fazer perder os cabelos… decidi questionar um profissional da matéria. Dito e feito: fui ao site das referências de Géneros, que já anexei mais acima, e deixei a seguinte questão: “… É possível cultivar junto do mesmo local, sem risco de hibridação, uma espécie de cucurbita maxima, uma cucurbita mochata e uma cucurbita pepo?
Eis a resposta que recebi (com simpatia, com simplicidade e com generosidade = pois podia não responder / Merci Bernard):
«…Em teoria não há risco de hibridação entre estes géneros…Mas em teoria só, pois na prática o risco zero não existe, e isso depende também das espécies em questão. Ter sempre em lembrança que no comércio existe os híbridos “inter-específicos” (exemplo: Tetsukabuto = Cucurbita maxima “delicious”(?) XC Cucurbita mochata “kurokawa”). Desconheço por completo as condições de exigência nesta hibridação, mas a prova assinala-o que é possível.
Mas para o horticultor trabalhar em total segurança, “no seu lugar” faria uma fecundação manual sobre as primeiras flores, e deixando as seguintes flores para a fecundação livre. Após a recolha separada das sementes (fecundação manual + livre), faria um teste no ano seguinte (semeando sementes das duas opções separadamente, e após o nascimento dos frutos, comparar se há diferenças do fruto da semente f. livre para o fruto da semente f. manual).»

(O negrito foi acrescentado por mim, para melhor entendimento)
  
Ora pelos vistos…este tal híbrido TETSUKABUTO, é uma hibridação entre uma Cucurbita Maxima e uma Cucurbita Mochata????????
Fui pesquisar um pouco mais sobre “este fenómeno”, e só encontrei referências num fórum (francês; pois a inglês eu não pesco nada…), por isso este assunto fica a carecer um pouco mais de opinião…
Enfim, o que lá diziam sobre este “casamento” era que tal é impossível…nas condições naturais, e que esta hibridação só pode ter sido possível num laboratório!
(Pesquisar qualquer tema na Internet, na língua francesa ou inglesa ainda se aceita…Agora tentar pesquisar este assunto em japonês, já não é para mim…)
Assim sendo, e como já referi anteriormente, este assunto precisa de mais opiniões, e como não sei inglês nem o tradutor online será uma boa opção - neste caso e para mim -, pois pretendia fazer uma questão mais extensa deste tema, em fóruns hortícolas de língua inglesa, fica assim o assunto um pouco suspenso…em águas de bacalhau…até arranjar a tradução desejada, ou então até que alguma alma caridosa deixe aqui uma explicação sobre o tema…
Se por acaso alguém quiser pesquisar por conta própria, a tal questão que eu já fiz ao Bernard, então deixo aqui algumas sugestões onde poderá fazer isso:
Fóruns:

 http://alanbishop.proboards.com/index.cgi

http://faq.gardenweb.com/faq/

http://idigmygarden.com/forums/forumdisplay.php?s=0b6fb8691be19f94c93cc7099052bf43&f=4

http://www.botanicalgarden.ubc.ca/forums/index.php?s=31c5e7869a36dedb561904c9cddb56b1

http://forums.seedsavers.org/forumdisplay.php?s=0c15f30c42cc51f4b4aa1a1aa50b375d&f=18

http://www.gardenforums.com/forum/

Ou então, questionar uma universidade hortícola/agricultura sobre o tema. O link que deixo mostra as universidade existentes…a nível mundial:

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_agricultural_universities_and_colleges

A continuação que tinha previsto consistia em exibir imagens e respectivos comentários sobre as diferenças visíveis nos géneros da cucurbita, ou seja, folhas, pedúnculo e sementes diferentes entre estes géneros.
Mas como este assunto não merece muito interesse... deixo aqui um link para o leitor pesquisar por si..
Ver o quadro/tabela que se encontra quase a meio do site, e que diz "Caractères distinctifs des principales espèces de courges cultivées".***

 (***) http://fr.wikipedia.org/wiki/Courge

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Esta página/artigo é reeditada para esclarecimento de várias gralhas por mim efectuadas, não só neste artigo como em outros anteriores à sua anexação como posteriores (06/01/12)!

Recentemente, após troca de comentários noutro blogue hortícola, a autora deixou um link de um site inglês sobre a “Classificação das Plantas”.

Já aqui referi por várias vezes que não percebo inglês mas, apesar disso, e de ter utilizado o tradutor online - que não “conseguiu” fazer uma tradução razoavelmente satisfatória - , mesmo assim consegui captar algo muito importante, e que me leva então a reeditar o presente artigo.

A gralha/erro está “situada” quando me refiro às “espécies”, pois pelo tal quadro de classificação (botânico), eu devia me referir às variedades.  
Assim sendo, deixo a seguir exemplos como se devem prenunciar/escrever correctamente.

O melão Casca de Carvalho é uma variedade, da Espécie melo, pertencendo ao Género Cucumis, da família das Cucurbitáceas
A variedade de melão Branco do Ribatejo, pertence á Espécie melo, do Género Cucumis e à família das Cucurbitáceas (o exemplo é idêntico ao primeiro, apenas dito de outra forma).

O pepino da variedade SatsukiMadori, pertence à Espécie sativus, ao Género Cucumis, da família das Cucurbitáceas.

A variedade da melancia Orangeglo, da Espécie Lanatus, pertencendo ao Género Citrulus, da família das Cucurbitáceas.

A abóbora da variedade UchikiKuri (Hokaido), que pertence à Espécie Maxima, ao Género Cucurbita, da família das Cucurbitáceas.

De igual modo a variedade AtlanticGiant, pertence à Espécie Maxima, ao Género Cucurbita, e à família das Cucurbitáceas.

A variedade da abóbora Musquéede Provence, que pertence à Espécie Moschata, ao Género Cucurbita, e à familia das Cucurbitáceas.

A variedade abóbora Chila, da Espécie Ficifolia, do Género Cucurbita, que pertence à familia das Cucurbitáceas.

A variedade da Courgette Romanesco, pertence à Espécie Pepo, ao Género Cucurbita, e à família das Cucurbitáceas.

O patisson (desconheço o nome em português?) da variedade Custard White, pertence à Espécie Pepo, ao Género Cucurbita, da família das Cucurbitáceas.

A variedade de abóbora BigMoon (Halloween), pretence à Espécie Pepo, ao Género Cucurbita, e à família das Cucurbitáceas.

Etc, etc, etc.

Relembro que para evitar hibridações só de deve cultivar uma variedade por Espécie! E isto levando em conta que “dentro” da sua vizinhança – num mínimo de 800m -, os seus vizinhos não estão a cultivar outras variedades diferentes das suas Espécies.
Outro facto importante é que o horticultor deve cultivar um mínimo dos mínimos…duas plantas da mesma variedade, afastados no máximo 1 metro um do outro. Quantas mais cultivar da mesma variedade melhor será para a sua polinização e produção.

Para ajudar o horticultor a reconhecer a que Espécie pertence tal Cucurbita que possui, mas que não o sabe como o fazer, pois as folhas e pedúnculos dos 4 exemplos que deixo aqui são bem distintivos.

Género Cucurbita:

Folhas da Espécie Maxima.
Pedúnculo: Cilíndrico, grosso e esponjoso.

Folhas da Espécie Ficifolia.
Pedúnculo: Fino e angular.

Folhas da Espécie Pepo (courgette).
Pedúnculo: Angular de cinco lados, não se expande no ponto de inserção.

Folhas da Espécie Moschata.
Pedúnculo: Angular de cinco lados, expandido no ponto de inserção do fruto.



Não sei quantas variedades existem ao certo por Espécie de certos Géneros! Em todo o caso, deixo aqui alguns links onde se encontram imensas variedades das espécies citadas, e que será de boa ajuda para o horticultor interessado na matéria.

Abóboras da Espécie Maxima:

Abóboras da Espécie Pepo:

Abóbora da Espécie Ficifolia:

Abóboras da Espécie Moschata:

sábado, 17 de agosto de 2013

Sª. das Neves, e...

"Esta" Senhora das Neves fica situada no Conselho de Caminha - Alto Minho -, e no alto de um monte que julgo já pertencer ao "bloco" da Serra d`Arga.
É uma pequeníssima igreja quase "desabitada"..., que têm como freguesia mais próxima Dem, a caminho de São João d`Arga. 
Mas a vista do lado poente desta montanha é deslumbrante! 
Ao fundo vê-se Santa Tegra (314m) e o monte Terroso (350m), pertencente ao município raiano de Pontevedra, na Galiza, mais propriamente A Guardia. 

Ao fundo - junto à ponte - vê-se a vila de Caminha, nas margens do rio Minho e "praticamente" junto à foz do rio.
O rio separa dois países e duas regiões mas não separa as gentes..
Quem passa em cima daquela ponte, e vindo por exemplo de Vila Nova de Cerveira para Caminha, olhando para o lado esquerdo, em cima do monte, nota-se ligeiramente... a capela da Senhora das Neves.
Ali ao fundo vê-se perfeitamente o foz do rio Minho, em junção com o oceano Atlântico.
Pena que este dia e hora estivesse com um tempo enevoado...pois no ano passado passei aqui num dia magnifico, onde se via ao fundo o pôr do Sol, o que dava uma imagem paradisíaco do local...
Infelizmente nesse dia esqueci-me da máquina fotográfica.

terça-feira, 30 de julho de 2013

2013 - Annus horribilis hortensis*

*(leia-se tomatal)

Isto é só uma parte do total, pois já deitei imensos tomates para o lixo sem tirar fotos.
Até à data já consegui degustar 4 vezes... saladas de tomates - deve ser um record...-, e para compor o ramalhete, ainda não consegui oferecer tomates a ninguém, e duvido muito que tal possa acontecer este ano...

Espécies altamente susceptíveis á podridão apical: Marianna`s Hawaian Pineapple, Hawaian Pineapple, Príncipe Negro, "Anna Russian" (se é que é mesmo esta espécie...), Yaska Yougoslavian.

Espécies altamente resistentes: Northern Ligths, Jóia de Oaxaca, Tangerine, Arkansas Marvel, Coração de Boi Reif Red, Petit Moineau. E super-super resistente o Beauty Queen.

No meio termo...ficam as seguintes: Laranja Russo 117, T.C. Jones, Cherekee Chocolate e o Virgínia Sweets (que não acredito de todo que seja mesmo a espécie citada...).

Termino este post com uma frase de Albert Einstein, que assenta que nem uma luva no sentimento que me vai na alma...:

"A teoria, é quando sabemos tudo mas nada funciona.
A prática, é quando tudo funciona, mas não sabemos porquê.
Eu, eu consegui reunir a teoria e a prática: NADA FUNCIONA, E NÃO SEI PORQUÊ!!!"

Vou-me dedicar à política...ou à caça de peopardos...