domingo, 20 de fevereiro de 2011

Rosas (1/2)...

Depois do “choque emocional” ter passado… Sim, porque ver vários meses de trabalho serem consumidos pela doença, com a ajuda deste fantástico Verão…e das asneiras cá do “JE”, ver assim “ir por água abaixo” o meu esforço, enfim…lá decidi partilhar o que se passou.
Este post só mostrará “as boas coisas”, ou seja, como corria a temporada até ao aparecimento da doença.
Nos próximos dias, então sim, farei um post com a informação possível, do mal que foi a minha temporada hortícola, com as respectivas imagens. Anunciarei também qual as espécies que foram mais resistentes, e claro, aquelas que podem dizer adeus…
Mostrarei um site com as doenças dos tomates, e que mostra imagens (com os nomes da doença em latim). Acho que será muito útil?...
Também pretendo fazer um post sobre enxertos em tomates e melões, pois é o caminho a seguir… É um grande meio de evitar várias doenças! Enfim, isso fica para esse tal post.

Estas imagens foram retiradas em finais de Junho, portanto, ainda numa fase da doença (míldio, etc) em desenvolvimento, pois apesar de não haver tomates doentes, nesta altura, pelas folhas já dava para perceber que algo se passava…
Desde que transplantei os tomates para a horta, terei sulfatado umas 3 vezes, com calda bordalesa (daquela industrial – já preparada).


 ( 26 de Junho )


Como se vê, isto era só “rosas” – borboletas e abelhas abundavam na horta por esta altura, tal era “a frescura” da oferta…


Tomates em desenvolvimento.


Prontos! Anúncio já: esta espécie (Cherokee Purple) é a mais resistente à doença! Para além de não ter tido nenhum tomate doente, em dois pés que cultivei, também não retirei folhas com esse sintoma.




Este pé também não teve tomates doentes (excepto algumas folhas). Mas também não tenho a certeza de que espécie se trata (depois falarei sobre isto)…


Lindos, não estão?...








 Ainda não provei esta espécie; e estes tomates que se vê na imagen, acho que só resta um. Muito, susceptível à doença (basta ver a folha que se encontra no canto superior esquerdo).


Não me posso queixar muito desta (apenas que ainda não provei nenhum – espécie um pouco tardia).


Tomate mais pequeno que tenho na horta. Tem a forma de uma pêra.


Não faço a mínima como se chama esta espécie…pois fui enganado… ou então, o tal espírito matreiro…aquele que gosta de trocar as sementes, colocou sementes desta espécie dentro do envelope de outra espécie, pois isto devia ser um Marianna`s Hawaïan Pineaple. Mas não é!




Lindo não está?... Pois muito me enganou…
Este é que é o tal de Marianna`s H. P.


Estes são fantásticos…
Melhor explicado: tenho dois pés desta espécie (Orange Russiam 117), um em cada fileira. Pois o outro teve vários tomates doentes, que foram para o lixo, mas este, até agora…não retirei nenhum com doença, e além disso são bons!


Reparem bem a quantidade de tomates que porta. Apesar de a imagem não dar para contar todos, na horta contei 20 ou 21, e com imensas flores a nascer.
É um T.C. Jones.
A produção deste aumentou, em relação a 2010, e o Jóia de Oaxaca diminuiu…


Reparem no pormenor dos pés, pois o solo está seco (isto será importante no próximo post).
Eu não abusei na rega! Até confesso que, com ajuda do sistema gota-a-gota, este ano deitei menos água do que em 2010.


(Ó Rui, o potimarron é híbrido… pois em vez de cor de laranja é amarelo…Não protegestes as sementes…)


Pois aproveitem…porque imagens assim da horta, no estado actual (cheios de calda bordalesa), não sei se irei inserir…


Digo-vos uma coisa: se o ano de 2011 tivesse um verão como o de 2010, teria aqui tomates para “dar e vender”…e com imensas boas surpresas.
Assim é um ano como o de 2008, para esquecer…
E eu que cheguei a “chamar” FdP ao girassol…pois estava sempre com a “cara” para baixo…parecia amuado…Afinal estava-me só anunciar como seria este verão…
Perdão girassol…


17 comentários:

reparei que intercala flores nas filas.excelente ideia além de dar um magnifico aspecto à horta
André a 4 de Agosto de 2011 às 11:40


Ai que saudades eu tenho de morar no campo. É tão bom ter um quintal com esses miminhos. Deve sentir-se muito feliz por trabalhar a terra. Obrigado por nos mostrar tanta beleza.



OLÁ Amigo.
Desculpe o atraso na resposta,sobre as meloas e melancias,pois eu não sei que raça são elas lol, eu ainda não estou tão á frente como o amigo. eu comprei e plantei,mas posso dizer lhe que as melancias são otimas.
e como sempre vir á sua horta é um regalo para as vistas.


beijos e lambidelas da malta
pituxasilva

Olá,
Agradeço a sua resposta.
Saudações,
António

Este blogue é verdadeiramente revelador para mim que só este ano me aventurei a criar a minha própria horta. Certamente que espreitarei mais vezes;

Quanto ao sabão fiquei com a ideia que o nosso sabão tradicional (rosado ou azul) deve fazer o mesmo efeito. Afinal o ingrediente comum a todos é a soda caustica o que difere no sabão negro é a presença de azeitona macerada. Já tomei nota da receita caseira para combater o mildio. Obrigada pela informação. 
Sofia a 26 de Julho de 2011 às 12:11


Olá, viva!
Pois seja bem-vinda à minha “2011-doentinha-horta”…
Eu é que lhe agradeço a sua preciosa informação.
Bem-haja!
Saudações,
António 



Bom dia António,

O amigo tens razão não protegi as semente, de qualquer forma estive a vez o meu bau das sementes e tenho sementes de potimaron numa saquinha que tu me enviaste da segunda vez,vou mandar te para plantares no próximo ano!Já agora uma foto desse hibrido é possivel? e as outras aboboras?

Um abraço

Rui
Rui a 22 de Julho de 2011 às 09:28


Adorei esses tomates ... mas sim o ano não deu para muita quantidade, para o ano há mais se deus quiser e o Girassol tb ..eheheh :)



Olá
,Pois, para o ano espero estar na Patagónia ...
Quanto ao girassol, já me comprometi a semear aí dois a três pés. Só não prometo que seja da mesma espécie.



Caro amigo,
Já ha algum tempo que acompanho este blog e tb tenho uma horta, mas nao tao selecta com a sua ;)
Os meus parabens pela horta e pelo blog.

Este ano queixo-me exactamente do mesmo... maldita calda bordalesa parece nao surtir efeito nenhum... um dia destes ao falar com um amigo que tambem tem horta falou-me duma coisa que par ao ano confesso que vou exprimentar: espetar um pequeno fio de cobre no caule dos tomateiros... já exprimentou?

Uma vez mais, os meus parabens!
João
Joao Amaral a 20 de Julho de 2011 às 10:32


Olá, viva!

Pois essa “mezinha” já a conheço desde 2008, altura que comecei a minha pesquisa na net.
Infelizmente…é uma mezinha utópica.
Eu explico: 2008 foi o meu primeiro ano a cultivar tomates, e como foi um verão chuvoso e húmido, com “ajuda” da minha inexperiência, foi um desastre autêntico, pois dos 51 pés de tomates (marmande e coração de boi), se bem me lembro…quase todos foram afectados fortemente, com o míldio. Foram quilos e quilos para o lixo.
Adiante: procurei na net resposta às minhas dúvidas, e tive que me socorrer dos sites franceses (não sei inglês), pois por “estas bandas” era um deserto autêntico (só existia o Diário da Horta – mas era mais abrangente de hortaliças e árvores de fruto).
Enfim, encontrei essas manhas num fórum que participei, mas já lá diziam simplesmente isto: «não há provas cientificas que confirmem tal afirmação», ou seja, que o tal fio de cobre seja eficaz.
Este ano, e pela primeira vez – pois valia tudo para estancar a “hemorragia”…lá me decidi a colocar o fio de cobre em TODOS os tomateiros (mesmo convencido que tal era uma quimera).
Pois se havia alguma réstia de dúvida no meu consciente, sobre o real efeito da mezinha, neste momento, acho que até o meu inconsciente está convencido, e esclarecido, do logro.. 
NÃO RESULTOU!!!

(continua)



Já faz quase um mês que coloquei o fio/cobre, e continuo a deitar tomates ao lixo, doentes com míldio. Nem a FORTE calda bordalesa me valeu (aos tomates).
Já me convenci que o caminho passa só pela enxertia (farei um post com tema depois de acabar o próximo – 2/2).
Para reforçar a minha humilde opinião (e sentença…), deixo aqui o link*** doutro fórum francês, onde um grande senhor, muito estimado pela sua experiência (e não só em França), desfaz por completo este mito. Aconselho a levarem a peito a sua opinião, pois o homem “é profeta” na matéria.
É o sétimo comentário (Alain Redon).
Para além de “desmontar” o mito, o senhor A.R. “casca” forte e feio na utilização da calda bordalesa, pois, diz ele, “infesta o solo em metais pesados”.  
Concordo! Infelizmente já descobri tarde esta dica… Não quero eu com isto dizer que se deve “exterminar” a calda bordalesa duma só vez. Não. Enquanto o horticultor não “se sentir protegido”, o “escudo” terá de ser a calda (para bom entendedor…).
E qual é o conselho que ele dá, biologicamente, para combater o míldio (?), pois é o seguinte: 8 gramas de bicarbonato de sódio por litro de água. É preciso juntar sabão negro à mistura - serve para fixar o preparado (neste caso o sabão faz o “trabalho” que faz a cal).
O problema aqui está no sabão negro, pois em Portugal não se vende (pelo menos este…). Não sei se o sabão azul ou o rosa servem?! Se alguém souber, e quiser partilhar a informação?...

(continua)



Agora uma nota importante: não fazer invenções como eu fiz no ano passado…Pois misturei à calda bordalesa o tal bicarbonato com leite… Parecia o rei Midas…
Ah! Ele ainda por cima diz que esta “mezinha” do bicarbonato está demonstrada cientificamente, pois é ecológica e eficaz. É um fungicida reconhecido.
João, espero que lhe tenha ajudado!
Mande sempre que precisar – se eu souber, já sabe.
Saudações,
António

P.S. – Caros visitantes da Paixão da Horta, caso tenham opiniões que divergem das minhas, sobre esta matéria, FORÇA, este espaço também é vosso – casquem na minha mioleira.
Se também houver alguém que já tenha experimentado o fio de cobre, com os mesmos resultados que eu, também se agradece que deixe aqui a opinião.

http://tomodori.com/forum/topic7705.html

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